Lançado na década de 80, o Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PAISM), resultou da mobilização social, visando à construção de políticas públicas que atendessem à mulher, garantindo os seus direitos de cidadania. Alicerça-se na construção de uma atenção diferenciada e incorpora, dentre outras estratégias, o desenvolvimento de ações educativas para o alcance dos seus objetivos. O PAISM estimula a participação do enfermeiro nas ações de saúde da mulher, especialmente na assistência pré-natal. Assim, a consulta de enfermagem e as práticas de educação em saúde são momentos fundamentais de aprendizagem para a vivência, de forma positiva, não só de discussão de aspectos referentes ao pré-natal, ao parto e ao puerpério, mas também enquanto lócus de construção da consciência critica e posicionamento cidadão. Desta feita, tem-se como objetivo relatar a experiência de duas oficinas desenvolvidas com um grupo de gestantes da Unidade Básica de Saúde Dr José Fernandes de Melo, localizada em Mossoró/RN. Foram desenvolvidas por quatro discentes do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio grande do Norte. As ações foram realizadas na sala para reuniões da instituição com duração de 3 horas. Na primeira oficina, abordaram-se os sinais de trabalho de parto, tipos de parto e sua dinâmica, bem como, suas indicações e contra-indicações específicas. Na segunda, discutiram-se os cuidados com o recém-nascido e a importância do aleitamento materno, da imunização e da realização do teste do pezinho. Como metodologia de trabalho, utilizou-se: dinâmica de grupo, jogos didáticos, simulações de sinais de inicio de trabalho de parto e dos cuidados com recém-nascido. Nos dois momentos obteve-se a participação de 15 gestantes, com faixa etária entre 13 e 25 anos. Durante as ações, as gestantes se mantiveram abertas ao dialogo e expuseram suas dúvidas e inquietações. O momento favoreceu a construção de laços entre as gestantes do grupo, no qual as multíparas relataram suas experiências, as nulíparas compartilharam suas angustias e inquietações e, sobretudo, ao final das oficinas, todas as gestantes socializaram a importância da ação educativa enquanto momento de construção e compartilhamento de novos conhecimentos. Além disto, percebeu-se a importância do enfermeiro lançar mão educação em saúde, enquanto estratégia que pode contribuir para a transformação da qualidade de vida dos sujeitos nos diversos ciclos de vida.