INTRODUÇÃO: Para a realização da assistência à criança é necessário que os profissionais da saúde compreendam que a faixa etária de zero a dois anos de idade, a qual corresponde o período do lactente, possui características específicas. Rápidas mudanças no desenvolvimento ocorrem durante os primeiros seis meses após o nascimento e influenciam por toda a vida. OBJETIVO: Avaliar o desenvolvimento das crianças acompanhadas no Programa Follow-up nos primeiros seis meses de vida. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo documental, retrospectivo e quantitativo, desenvolvido em uma maternidade-escola de referência localizada na cidade de Fortaleza-Ceará. A amostra constituiu-se dos prontuários de 89 crianças que atenderam aos critérios de inclusão propostos. A coleta de dados ocorreu nos meses de outubro e novembro e os dados foram coletados através de um formulário em forma de check-list. O estudo recebeu parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa sob Protocolo CEP/MEAC n°66/10. Os resultados foram compilados em tabelas e analisados a partir da analise descritiva. RESULTADOS: Os marcos de desenvolvimento analisados foram: abre e fecha os braços em resposta è estimulação (Reflexo de Moro); postura: barriga para cima, pernas e braços fletidos, cabeça lateralizada; olha para a pessoa que a observa, colocada de bruços, levanta a cabeça momentaneamente, arrulha e sorri espontaneamente; postura: passa da posição lateral para linha média e emite sons e balbucia. Em relação à análise dos marcos do desenvolvimento, percebeu-se que o desenvolvimento infantil das crianças acompanhadas no ambulatório de Follow-up não ocorreu de acordo com o que Ministério da Saúde considera apropriado. Apenas o marco do desenvolvimento olha para a pessoa que a observa ocorreu de acordo com o preconizado, em todos os outros marcos do desenvolvimento este percentual foi menor do que os 90% preconizados.Confirma-se assim a necessidade de um programa para acompanhamento e estimulação do desenvolvimento dessas crianças. CONCLUSÃO: Concluiu-se, portanto, que o desenvolvimento das crianças acompanhadas no Follow-up não ocorre de acordo com o que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Reforça-se a importância da elaboração de programas de intervenção eficazes a crianças consideradas em risco para atraso no desenvolvimento.