INTRODUÇÃO: Os aspectos sociais, econômico, político e cultural influenciam sobre a saúde de uma população, segundo a natureza das condições socioeconômicas, o tipo da população, as noções de saúde, doença e os agravos enfrentados. No caso da população negra, o meio ambiente exclui e nega o direito natural de pertencimento e determina condições de vulnerabilidade. Além da inserção social desqualificada, desvalorizada (vulnerabilidade social) e da invisibilidade de suas necessidades reais nas ações e programas de assistência, promoção de saúde e prevenção de doenças (vulnerabilidade programática), mulheres e homens negros vivem em um constante estado defensivo. Essa necessidade infindável de integrar-se e, ao mesmo tempo, proteger-se dos efeitos adversos da integração, pode provocar comportamentos inadequados, doenças psíquicas, psicossociais e físicas (vulnerabilidade individual). OBJETIVOS: Sob a premissa de que há diferenças sociais segundo a etnia procura-se averiguar se essas diferenças constituem vulnerabilidade para o adoecimento da população negra. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, baseada na revisão de literatura versando sobre o tema, realizada no banco de dados SCIELO (Scientific Library Online). RESULTADOS: A partir das informações obtidas na pesquisa constatou-se que a população negra no Brasil ocupa posições menos qualificadas e mal remuneradas no mercado de trabalho, apresentam níveis mais baixos de instrução, reside em áreas com menos serviços de infraestrutura, sofre maiores restrições no acesso a serviços de saúde, discriminação na assistência e, quando a têm, é a de menor qualidade. Esta população vivencia, em quase todas as dimensões de sua existência, situações de exclusão, marginalidade, discriminação socioeconômica, o que a coloca em posição de maior vulnerabilidade diante de uma série de agravos à saúde. CONCLUSÃO: Ao se analisar um grupo social, a escolaridade, a renda, o acesso a saneamento básico, serviços de saúde, bens e consumo são sempre menores entre os negros. Todos estes indicadores refletem nas condições de saúde dos indivíduos e a exclusão social coloca a população negra em condições de maior vulnerabilidade, e necessita, portanto de uma atenção diferenciada nos serviços de saúde e de destinação de uma parcela maior de recursos públicos.