A sexualidade na terceira idade é um tema repleto de estigmas, tabus e preconceitos. No entanto, o desejo ou interesse sexual não diminui com a idade, apenas necessita de estímulos e orientações para uma prática saudável. Objetivou-se conhecer as práticas sexuais de idosas. Estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, realizada com 36 idosas pertencentes ao projeto de extensão “Promoção do Envelhecimento Saudável: uma proposta de atenção interdisciplinar” acompanhados por docentes e discentes da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Cajazeiras, Paraíba. O formulário foi preenchido no mês de maio de 2012, após assinatura do termo de anuência. A pesquisa seguiu a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados evidenciaram que as idosas estavam na faixa etária entre 60 e 86 anos de idade; apenas 12(33.33%) consideravam ter uma vida sexual ativa; 24(66,66%) declararam não sentir prazer nas relações devido à dispareunia ou desconforto; 16(44,44%) idosas afirmaram que sentem diferença durante a relação sexual se comparadas às relações da juventude; 10(27,77%) sentem constrangimento em falar sobre sexualidade com seu parceiro; apenas 6(16,66%) usam preservativos nas relações; 19(52,77%) participantes conhecem a maneira correta de usar o preservativo. 31(86,11%) mulheres já realizaram exame ginecológico, sendo que 22(61,11%) citaram a efetivação do exame há menos de um ano. 25(69,44%) realizam autoexame das mamas, sendo que 14(38,88%) de forma esporádica. Estes resultados subsidiaram conhecer as práticas sexuais de idosas que necessitam a continuidade de assistência com foco principalmente aos dados encontrados, ou seja, elas precisam perceber que nessa fase da vida, é possível manter o padrão de sexualidade satisfatório desde que haja cumplicidade e satisfação do casal, para isso, é necessário que ambos dialoguem sobre o assunto e que recebam assistência para esclarecer mitos e tabus, além dos cuidados com a saúde física. Conclui-se que os projetos de extensão com essa população é relevante para a promoção da saúde destes e estudos com essa temática precisam ser estimulados para que discussões sobre a temática permaneçam em debate, além de conhecer e esclarecer sobre as práticas sexuais do idoso, diminuindo os tabus existentes.