A transição demográfica traz consigo alterações na estrutura etária e nos padrões de sobrevivência dos cidadãos. No Brasil e em outras partes do mundo, em paralelo a esta transição, vem ocorrendo um aumento da esperança de vida e da longevidade dos idosos, ocasionando alterações no padrão de morbidade e mortalidade. Este estudo teve como objetivo, identificar e comparar as principais causas de morbimortalidade, entre homens e mulheres com 60 anos ou mais, residentes no Estado da Paraíba. Realizou-se um estudo de natureza descritiva exploratória com abordagem quantitativa, por meio de dados secundários disponíveis no DATASUS, encontrados no site do Ministério da Saúde, de acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM/SUS), O Sistema de Internações Hospitalares (SIH/SUS) e os dados demográficos segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Identificou- se que a Doença Isquêmica do Coração, seguida da Doença Cerebrovascular e do Diabetes Mellitus, são as principais causas de mortalidade nos idosos. Ao comparar as principais causas de mortalidade entre os sexos, os homens apresentaram maior risco para Cirrose e Doença Crônica do Fígado, Acidentes de Transporte e Câncer de Pulmão (razão igual a 5,5; 4 e 2, respectivamente). Já as mulheres apresentaram como principais causas de mortalidade o Diabetes Mellitus, Pneumonias e Infecções Intestinais (razão igual a 1,5; 1,4 e 1,3, respectivamente). Entre as causas mais prevalentes de morbidade, destacam-se as Doenças Circulatórias, Doenças Respiratórias e Doenças Infecciosas e Parasitárias. Ao comparar as causas de morbidade entre homens e mulheres, as doenças foram as mesmas supracitadas, destacando-se pelo maior acometimento em mulheres, cujas Doenças Circulatórias apresentaram 30% das internações em homens e 28% em mulheres, as Doenças Respiratórias 17% em homens e 18% em mulheres e as Doenças Infecciosas e Parasitárias 11% em homens e 15% em mulheres. Os resultados aqui apresentados mostram as principais causas de morbidade e mortalidade entre os idosos, causas estas que podem ser reduzidas com a adoção de políticas amplas de promoção, prevenção e tratamento oportuno e adequado para essas doenças, o que aponta para uma crescente preocupação com medidas preventivas para esta faixa etária da população. Espera-se que este estudo possa contribuir para a adoção de políticas públicas que visem à diminuição dos riscos relacionados aos óbitos e internações entre idosos.