As úlceras por pressão (UPP) permanecem como problema relevante,na atualidade, com taxas de incidência e prevalência elevadas. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) representam um dos grandes desafios enfrentados pela enfermagem, considerando a gravidade dos pacientes.A importância desse tema e a grande dependência dos cuidados de enfermagem que os pacientes com UPP exigem,despertou-nos a desenvolver o presente estudo na intenção de aprofundar conhecimentos sobre esse problema,e como se apresenta na Unidade de Terapia Intensiva.Objetivando traçar o perfil sociodemográfico e clínico dos portadores de UPP na UTI e Identificar o escore de risco dos pacientes utilizando a Escala de Braden.Trata-se de uma pesquisa exploratória, prospectiva, realizada na UTI de Hospital de Ensino.O universo da pesquisa foi constituído por todos os portadores de UPP,internados no serviço,no período de setembro a dezembro de 2011,sendo incluídos 20 pacientes,dos quais 10 (50%) apresentavam UPP na admissão e 10 (50%) desenvolveram-na durante a internação.Os resultados mostram que dos pacientes já admitidos com UPP a maioria era do sexo feminino (60%),> 60 anos (70%), não brancos (70%),dos pacientes que desenvolveram a UPP durante a internação, 60% eram do sexo masculino, a faixa etária (> 60 e < 60 anos) e a cor da pele (brancos e não brancos) mantiveram-se com igual proporção (50%).Quanto à procedência dos pacientes observou-se que a maior parte vinha da Clinica Médica do hospital.Referente aos dados Clínicos o diagnostico médico mais frequente foi Doenças Respiratórias (40%) e Distúrbios gastrointestinais (30%) as patologias associadas foram os Distúrbios endócrinos, metabólicos e nutricionais (50%), Doenças Cardíacas (50%)e os Distúrbios Neurológicos (40%).Quanto aos medicamentos utilizados em ambos os grupos,houve destaque para os Analgésicos/Antitérmicos e Antibióticos (90%), e Vasoconstrictores/Anticoagulantes(70%).O escore total de risco obtido por meio da Escala de Braden trouxe destaque para a categoria Alto risco entre os pacientes admitidos com UPP (50%) e os que desenvolveram-na durante a internação (40%), e igual distribuição para as categorias Risco muito alto (30%) e Risco moderado (20%) nos dois grupos de pacientes.Diante dos resultados percebe-se que, independente das diferenças clínicas apresentadas os pacientes apresentam o mesmo perfil de risco,reforçando a necessidade do desenvolvimento de ações de prevenção efetivas que minimizem a incidência de UPP na UTI.