A glândula tireoide produz dois hormônios, mais conhecidos como T3 e T4, responsáveis pelo controle do metabolismo celular, gasto calórico, temperatura corporal e ganho de peso. O hipertireoidismo ocorre quando há produção excessiva desses hormônios, sendo aproximadamente dez vezes mais frequente entre as mulheres, afetando cerca de 2% delas entre 20 e 40 anos de idade em todo o mundo. Dentre as causas do hipertireoidismo destacam-se os fatores genéticos, que desencadeiam desordens no sistema imunológico e o consumo de medicamentos com altas doses de iodo, que provocam produção exagerada dos hormônios tireoidianos. Apesar da sua complexidade, a mortalidade associada diretamente à doença nos dias atuais é rara, devido à possibilidade de diagnóstico precoce e tratamento. O estudo tem como objetivo destacar as formas de tratamento para o hipertireoidismo de acordo com a literatura nacional. É um estudo de revisão de literatura realizado na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), como atividade complementar da Unidade Programática de Atenção a Saúde do Adulto e Idoso, do Curso de Graduação em Enfermagem da UNIFACEX. Para a busca foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Doenças da Glândula Tireóide; Hipertireoidismo; Enfermagem. A literatura destaca três formas de tratar o hipertireoidismo, sendo inicialmente utilizado o tratamento medicamentoso por via oral. O metimazol e o propiltiuracil são as duas principais drogas usadas, pois, ambas agem impedindo a produção dos hormônios da tireóide. No entanto, o início do seu efeito se inicia após três semanas em média, já que essas drogas apenas impedem a síntese de novos hormônios, não tendo efeito sobre aqueles já produzidos e disponíveis na corrente sanguínea. Outra forma de tratamento consiste na ingestão de cápsulas com iodo radiativo, que tem a função de reduzir definitivamente a massa folicular funcionante da tireóide. Outra alternativa, tem-se a remoção cirúrgica da glândula tireóide, denominada tireoidectomia radical ou total, sendo indicada principalmente em pacientes com formação de bócio, crescimento anormal da tireóide. Após analisar as formas de tratamento disponíveis para pacientes com hipertireoidismo, concluímos que não existe um tratamento considerado melhor ou ideal para a doença. Dessa forma, conclui-se que a escolha do tratamento deverá ser adequada as necessidades e características individuais e clínicas dos pacientes.