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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
A LOUCURA EM REALCE: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE ATIVIDADES ALUSIVAS AO DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL
Relatoria:
AMURAB SANTIAGO DE CARVALHO MENDES
Autores:
  • EUGÊNIO BARBOSA DE MELO JÚNIOR
  • MONIQUE SANTOS ARAÚJO
  • DEBORAH FERNANDA CAMPOS DA SILVA
  • ANA KARLA SOUSA DE OLIVEIRA
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: No transcorrer da história a humanidade designou culturalmente vários conceitos às doenças que acometiam a mente. De criaturas divinas a seres endemoniados, os portadores de transtornos mentais foram, e ainda são, figuras estereotipadas e alvo do preconceito dos indivíduos desinformados. Aprisionados, essas pessoas viveram por décadas em cárceres perenes que em quase nada contribuíam para sua recuperação: os manicômios. Ainda hoje, luta-se contra a estigmatização dos sofredores mentais e o dia 18 de maio foi escolhido como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. OBJETIVO: Desenvolver ações alusivas ao dia de luta antimanicomial, buscando estimular a comunidade acadêmica à reflexão sobre o processo de exclusão social ao qual estão submetidos os sujeitos em sofrimento psíquico. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência que destaca as atividades realizadas por discentes do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí - UFPI, no campus de Picos, que tiveram como pano de fundo o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Usou-se a loucura, a saúde mental e a luta antimanicomial como base metodológica. Iniciaram-se as ações com uma exposição de frases e imagens por todo o espaço físico do campus com a temática da loucura. Em seguida, realizou-se uma dramatização no restaurante universitário onde os estudantes representaram artisticamente o abandono e a exclusão desses sujeitos pelos mais diferentes componentes da sua rede social. Por fim, houve um encontro com alunos de diferentes períodos do curso de Enfermagem onde se debateu o significado da luta antimanicomial para a saúde mental no Brasil e, em seguida, aqueles expuseram o conhecimento adquirido através de pinturas e frases. RESULTADOS: De início os olhares refletiam o que há na sociedade em geral: a indiferença e o preconceito. Porém, percebeu-se em seguida que muitos participantes demonstraram interesse em entender melhor o que acontece na vida de uma pessoa transtornada e afirmaram que depois daqueles momentos passariam a enxergar essa problemática sob uma nova óptica. CONCLUSÃO: A estigmatização que assola os sofredores mentais insiste em atrapalhar o desenvolvimento de uma sociedade mais solidária, justa e capaz de fornecer o apoio que estas pessoas requerem, e merecem receber. É preciso que muitas outras ações como a que foi aqui relatada sejam feitas, para que se possa dar a oportunidade de todos terem seus conceitos e pensamentos reformulados.