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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
TRANSTORNOS PSIQUIáTRICOS NO PUERPéRIO E SUAS REPERCUSSõES NO BINôMIO MãE-FILHO: UMA REVISãO SISTEMáTICA
Relatoria:
RAÍSA BARBOSA DE ANDRADE
Autores:
  • YRIS LUANA RODRIGUES DA SILVA
  • PRISCILA LOPES ARAÚJO
  • CARLA CAROLINA DA SILVA LEITE
  • MARIA CIDNEY DA SILVA SOARES
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O período gravídico-puerperal se caracteriza por várias mudanças tanto biológicas quanto psicológicas. No entanto, as práticas de saúde, muitas vezes, ficam voltadas apenas as necessidades biológicas destas mulheres. Sendo assim é necessário, como sugere o próprio Ministério da Saúde, uma assistência qualificada e humanizada, sobretudo no período puerperal, que ajude essa mulher no seu processo de reorganização psíquica e na sua relação com o filho e familiares.Objetivo: O presente estudo objetiva analisar os transtornos psiquiátricos presentes no puerpério e destacar suas repercussões na relação mãe-filho. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada nos meses de abril e maio de 2012, os artigos foram selecionados, através da busca sistemática nas bases de dados: ScIELO, Lilacs e Bireme; a partir dos descritores: Transtornos Puerperais; Relações Mãe-Filho; Assistência Integral a Saúde. Adotaram-se como critérios de inclusão: artigos originais, disponibilizados na íntegra em português, publicados no período de 2005 a 2011. Após análise da literatura foram seleciona dos doze artigos, sendo que oito destes constituíram a amostra para fundamentação deste estudo. Resultados: Nem sempre o processo gravídico-puerperal acontece de forma alegre, na verdade se apresentará de forma única para cada sujeito. O período de pós-parto é considerado de maior vulnerabilidade para o surgimento de transtornos psiquiátricos que recebem a designação de transtornos psiquiátricos puerperais, sendo eles:disforia do pós-parto caracterizada por choro fácil e irritabilidade, os sintomas manifestam-se logo após o parto e duram no máximo duas semanas; a depressão pós-parto tem início geralmente nas primeiras quatro semanas do pós-parto, atingindo intensidade máxima nos seis primeiros meses; e a psicose puerperal que é o mais grave e raro tendo como sintomas: humor irritável e insônia. A cronicidade dos sintomas produzidos pelos transtornos podem trazer repercussões negativas nas interações do binômio mãe-filho, devido à presença de afeto negativo, interferindo no processo de desenvolvimento da criança. Conclusão: Diante do exposto, a literatura aponta que muitos profissionais ainda encontram-se despreparados para atuarem no processo de identificação destes transtornos e frequentemente a puérpera e seus familiares negligenciam tais alterações emocionais, conclui-se ainda que é de extrema relevância a identificação e intervenção precoce.