Introdução: O presente estudo é um relato de experiência sobre o trabalho realizado em um centro municipal de saúde no município do Rio de Janeiro, focamos as vulnerabilidades encontradas em um grupo de idosos. Uma vez que o Brasil vem sofrendo um crescente envelhecimento populacional, consequente do aumento da longevidade e melhora nas condições de saúde. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do desenvolvimento de uma prática educativa como forma de empoderamento dos sujeitos a partir da percepção de situação de vulnerabilidade. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, que segundo Almeida (2007) propõe tornar visível e compartilhar com outros profissionais e estudantes uma vivência prática. Experiências da implementação de um jogo como prática educativa: Em um primeiro momento aplicamos uma dinâmica onde escolhemos dez figuras relacionadas à relacionamentos, cognição e comportamento, buscando abordar temas como estilo de vida, acesso a serviços, condições sociais e de saúde e meio ambiente. Na segunda parte, após obter os diagnósticos de vulnerabilidade e as demandas do grupo. Realizamos um jogo onde os idosos julgavam as afirmativas expostas levantando a placa verde para as afirmativas corretas e placa vermelha para afirmativas falsas. Resultados: A partir da dinâmica realizada foi possível identificar questões sobre as relações familiares e afetivas, saúde e autonomia e desvalorização social da velhice. Tornou-se evidente a necessidade de maior respeito e valorização dos idosos perante a sociedade. Com as questões apontadas pela primeira dinâmica escolhemos utilizar um jogo como prática educativa, onde esclarecemos aos idosos questões sobre: seus direitos em transportes coletivos; práticas de prevenção de quedas; comportamentos saudáveis; importância da atuação do grupo para resolução das dificuldades encontradas no dia-a-dia. Conclusão: Notamos que é fundamental para a enfermagem usar métodos e estratégias de educação em saúde, não só para diagnosticar e conhecer a população com quem se trabalha quanto para oferecer-lhes um serviço pertinente que vá de encontro as suas reais necessidades. Acreditamos também ter contribuído para um empoderamento desse grupo uma vez que elas sabem quais seus direitos, como e onde reivindicá-los e que são totalmente capazes de gerar mudanças nelas e no meio em que vivem.