A dengue é uma doença viral aguda cuja infecção pode ser assintomática ou sintomática. Cerca de 2,5 bilhões de pessoas, em mais de 100 países, estão expostos ao risco de sua contração em áreas urbanas, peri-urbanas e áreas rurais em regiões tropicais e subtropicais. Considerando que desde o aparecimento dos primeiros casos autóctones de dengue em Sergipe no ano de 1996, o estado tem passado por algumas epidemias, sendo a última registrada no ano de 2008. Para a elaboração do trabalho, foi utilizado o número de ocorrências de casos de dengue confirmados, nos anos de 2007 a 2011, obtidos com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Sergipe. O objetivo deste trabalho foi efetuar um diagnóstico temporal da evolução da epidemia de dengue no Estado de Sergipe, no período de 2007 a 2011. No ano de 2007 o estado foi acometido por um número pequeno de casos, com uma média de 11,3 casos por município. O ano de 2008 foi epidêmico, assim, podemos constatar uma grande elevação no número de casos que subiu de 850 em 2007 para 25.254 em 2008. Em 2009 houve uma queda significativa no número de casos, atingindo a marca de 555 casos confirmados. As medidas de controle mantiveram-se efetivas no ano de 2010, onde foi registrado o número mais baixo de casos desde 2007, com a confirmação de apenas 470 casos. Com a introdução do vírus tipo 1, que não circulava há 10 anos no estado, no ano de 2011 o número de casos voltou a elevar-se mesmo com as medidas de prevenção e controle promovidas pelo governo do estado e pelos municípios. Assim, podemos concluir que a dengue ainda é um problema de Saúde Pública e deve ser tratado como tal. A incidência no estado de Sergipe ainda é alta mesmo com o plano de contingência do governo do Estado, sendo esse um instrumento legal que subsidia e que norteia o estado e os municípios a trabalharem a dengue.