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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
NÃO-ADESÃO AO TRATAMENTO ANTI-HIPERTENSIVO: CARACTERIZAÇÃO DAS FICHAS DO HIPERDIA EM FORTALEZA-CEARÁ
Relatoria:
ISABEL CRISTINA DA SILVA LIMA
Autores:
  • Ana Célia Caetano de Souza
  • Dafne Lopes Salles
  • Maria Betania Nobre Peixoto
  • Kátia Suelly Ferreira Amorim
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A não-adesão ao tratamento anti-hipertensivo constitui-se um problema de saúde pública, podendo acarretar inúmeras complicações cardiovasculares nos pacientes que não aderem ao tratamento. O estudo objetivou averiguar as características dos hipertensos cadastrados no HIPERDIA com não adesão ao tratamento. Trata-se de estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado com 220 pessoas com complicações associadas à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), inseridas no HIPERDIA desse município. Para avaliar a adesão ao tratamento, foi aplicado o formulário de Moreira (2003), que atribui notas para aspectos referentes ao tratamento não medicamentoso e farmacológico (esta escala permite classificar assim a adesão terapêutica: paciente ideal (X = 10), adesão terapêutica (10 > X > 9), não adesão leve (9 > X > 7), não adesão moderada (7 > X > 5), não adesão grave (5 > X > 3) e não adesão gravíssima (3 > X > 0). Para a coleta de dados obteve-se um total de 220 usuários. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa da UECE no protocolo sob o nº 09205367. Na análise dos dados foi utilizada frequência simples e cálculo de porcentagens das variáveis. Os usuários foram classificados em quatro categorias: não adesão leve, moderada, grave e gravíssima, sendo analisadas algumas variáveis, das quais citamos: consumo adequado de sal e gordura, abstinência de fumo e álcool, prática de exercício físico, uso adequado da medicação e valor do Índice de Massa Corporal (IMC) e da pressão arterial. Os resultados revelaram que 39,54% das pessoas com HAS apresentam não adesão leve, 38,18% não adesão moderada, 9,09% não adesão grave e 1,36% não adesão gravíssima. O estudo permitiu verificar os principais aspectos que precisam ser enfatizados nesse cuidado, a fim de estimular a implementação de estratégias que resolvam as dificuldades mais comumente observadas, como na prática de atividades físicas, controle do estresse e do peso. Conclui-se portanto que os profissionais de saúde, cientes desses aspectos, devem buscar desenvolver estratégias de educação em saúde que levem os pacientes a refletir sobre os fatores de risco que os levam adoecer, encontrando formas mais adequadas para se manter saudáveis.