INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) apresenta-se, na atualidade, como uma das principais doenças crônicas não infecciosas, sendo esta patologia um dos principais fatores de risco para complicações no sistema cardiovascular. OBJETIVOS: Identificar e classificar a terapêutica medicamentosa utilizada por hipertensos na atenção básica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido no período de agosto de 2010 a junho de 2011, em uma Unidade de Saúde da Família (USF) da zona urbana de Picos – Piauí. A amostra correspondeu a 150 usuários com HAS. Os dados foram analisados utilizando o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 17.0. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com protocolo n.: 0391.0.045.000-010. RESULTADOS: Os principais medicamentos utilizados foram os diuréticos associados aos inibidores de enzima conversora de angiotensina (ECA), por 31 (20,7%) hipertensos, seguido por monoterapia com inibidores da ECA, 24 (16%), seguido da monoterapia com diuréticos, 15 (10%). Observou-se ainda o uso de 268 medicações entre os hipertensos, sendo que os diuréticos apareceram como o principal tipo de medicamento utilizado, o qual apresentou um total de 102 (38%) casos. Em seguida apareceram os inibidores da enzima conversora de angiotensina, com um total de 80 (29,9%) hipertensos que os utilizavam. Além destas classes medicamentosas, com menor frequência, destacou-se o uso de medicamentos antagonistas da angiotensina II por 28 (10,5%) hipertensos. CONCLUSÃO: A terapia combinada de anti-hipertensivos e o elevado número de medicamentos utilizados pelos idosos desta pesquisa remetem à importância do enfermeiro como educador em saúde na promoção da adesão do usuário ao esquema terapêutico. A equipe de saúde deve estimular o uso correto e racional dos medicamentos, a fim de que o hipertenso atinja níveis pressóricos ideais e dessa forma evite possíveis complicações que podem comprometer sua qualidade de vida e independência funcional.