INTRODUÇÃO: as mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos na assistência prestada aos pacientes. Calcula-se que 3% a 15% dos usuários hospitalizados desenvolvam alguma infecção e entre 50.000 e 100.000 óbitos anuais estejam associados a sua ocorrência1. Apesar das evidências mostrarem a importância da higienização das mãos e das disposições legais, encontra-se uma inadequação na execução e baixa adesão à técnica pelos profissionais de saúde e alunos2-3. Destacam-se os estudantes de enfermagem, pois além de atuarem em campos de prática serão futuros profissionais. OBJETIVOS: avaliar as publicações sobre a prática de higienização das mãos entre os estudantes de enfermagem e conhecer o conteúdo das publicações. METODOLOGIA: revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (MEDLINE, PubMed e LILACS) com os descritores “lavagem de mãos” e “estudantes de enfermagem”. Os critérios de inclusão foram: texto completo; entre 2005 a 2011; em português, inglês ou espanhol e acesso livre. Questão norteadora: Qual a produção de conhecimentos sobre o cumprimento da higienização das mãos e os fatores associados à adesão dos estudantes de enfermagem?. Os dados foram coletados por meio de formulário estruturado e incluíam: base de dados, ano, idioma, país, autores, periódico e hierarquia da evidência. RESULTADOS: Foram encontrados 11 artigos. Predominaram artigos da MEDLINE (54,5%), em inglês (72,7%), a maioria internacional, contudo, ao observar o país de publicação, sobressaíram estudos no Brasil (27,3%), hierarquia da evidência C (54,5%), nos anos de anos de 2010 e 2009 (27,3% cada), destaque para o American Journal of Infection Control (18,2%). Observou-se a baixa adesão dos graduandos de enfermagem à higienização das mãos, grande parte não segue a técnica correta. Recursos materiais inadequados, a falta de tempo, de motivação e irresponsabilidade foram citados como principais motivos para não adesão. CONCLUSÃO: há uma preocupação relacionada à execução inadequado da técnica, bem como a baixa adesão na formação acadêmica, pois elas embasam a boa prática em saúde e garantem a biossegurança do paciente e dos profissionais. É necessário o incentivo do desenvolvimento adequado da higienização das mãos, no sentido de gerar mudanças no comportamento dos acadêmicos, bem como adequar os recursos para a prática, garantindo uma melhor qualidade da assistência.