Apesar do grande foco humanista da Enfermagem, o avanço tecnológico em suas múltiplas expressões vem ganhando espaço na sua área de conhecimento, o que leva ao interesse pela produção de conhecimentos sobre o tema. Nesse contexto tecnológico, em que a enfermagem está inserida, muitas escalas e testes vêm sendo elaborados, traduzidos, adaptados, validades e aplicados, com vistas a mensurar e/ou identificar situações nas quais se possam atuar de forma mais científica e eficaz. Considerando esses pressupostos, o objetivo desse artigo descritivo é apresentar escalas/testes enquanto tecnologias metodológicas nas ações de enfermagem. Serão descritos os principais instrumentos de mensuração em saúde (escalas e testes) que vêm sendo usados no Programa de Pós-graduação (nível mestrado) em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI): Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF); Nursing Activities Score (NAS) e Female Sexual Function Index (FSFI). Dos instrumentos conhecidos internacionalmente, têm-se a BSES-SF. Constitui-se de 14 itens que abordam duas categorias de domínio: Técnica (8 itens) e Pensamentos Intrapessoais (6 itens). Além disso, essa tecnologia permite ao profissional de saúde conhecer previamente a área ou domínio em que a mulher tem menor autoeficácia, possibilitando, assim, a implementação de estratégias de cuidado e promoção da amamentação mais personalizada. O NAS é um instrumento para avaliação da carga de trabalho de enfermagem em UTI. É composto por sete grandes categorias: atividades básicas, suporte ventilatório, cardiovascular, renal, neurológico, metabólico e intervenções específicas, em um total de 23 itens, cujos pesos variam de um mínimo de 1,2 a um máximo de 32,0. O FSFI é destinado a avaliar a função sexual em mulheres. O instrumento conta com 19 questões e é aplicado com base em 6 domínios que medem o grau de: desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação sexual e dor. Com a aplicação destes instrumentos de medida, pode-se mensurar os fenômenos de saúde, gerando cada vez mais validade clínica desses instrumentos, enquanto tecnologias de cuidar, o que representa sistematizar o cotidiano da enfermagem nos vários contextos de atuação.