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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA NO BRASIL NO ANO DE 2011
Relatoria:
JESSICA MAYARA MENDES ARAUJO
Autores:
  • Vanessa Moreira da Silva
  • Lucian da Silva Viana
  • Érica Luiza de Abreu Ramos
  • Débora Cristina Pinheiro Melo
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O convívio dos idosos com os mais jovens e a dependência podem gerar conflitos ao ponto de a relação tornar-se insustentável, sem diálogo e a argumentação. Nesta conjuntura episódios de violência contra o idoso são comuns tanto nos âmbitos familiar, institucional e social. OBJETIVO: Analisar as informações sobre a Violência contra idosos no Brasil, no ano de 2011, disponíveis no SINAN. METODOLOGIA: Estudo ecológico descritivo e sistemático sobre a incidência de Violência contra Idosos, em 2011, nas bases de dados do DATASUS. RESULTADOS: Dados consolidados, atualizados em 13.02.2011, indicam que, em 2011, foram notificados 4.888 casos de violência contra a pessoa idosa – 5% do total de casos de violência (98.115) no Brasil. Os estados com a maior incidência situam-se no eixo Centro-Oeste/Sul, a saber: São Paulo (26,3%), Rio Grande do Sul (13,3%), Minas Gerais (10,9%), Mato Grosso do Sul (9%) – que juntos somam 59,5%. Isto revela o perfil endêmico deste tipo de violência nos citados estados, visto que mais de 50% dos casos deste agravo na encontra-se concentrada em quatro, das vinte e sete, unidades federativas do Brasil. Cerca de 53% eram mulheres e 47,3% homens. Destes, 52,4% eram brancos e 20,6% pardos. 68% dos casos ocorreram no interior das residências e 10,5% em via pública. Das vítimas, 19,7% possuíam apenas Ensino Fundamental (1ª à 4ª série) incompleto, 9,5% eram analfabetas, 49,4% destes dados foram tidos como brancos ou ignorados. Em torno 36% dos casos configuraram-se como de repetição, ou seja, não era a primeira vez que o idoso fora violentado. Quanto à tipologia da violência, as mais recorrentes são: 63,6% física, 26,9% abandono/negligência, 8,6% financeira e 2,4% sexual. O agressor em 29,9% dos casos era filho (a) da vítima, em 10,7% era um desconhecido, em 9,2% era o cônjuge e em 3,4% era o cuidador. Cerca de 75,7% dos casos evoluíram para alta, 4,6% para óbito devido à violência e observou-se 1,1% de evasões e fugas. CONCLUSÃO: É necessário conscientizar a sociedade da significante relação de troca que deve ser estabelecida com os idosos, de forma a evitar que eles sejam vistos como parte desprezível da sociedade. Embora haja leis que combatam a violência contra idosos, ainda não há real efetivação das medidas preventivas. O enfermeiro tem significativo papel de investigação, identificação e ação nestes casos e ainda pode realizar estratégias educativas de combate à perpetração da violência contra os idosos.