Introdução: O jaleco é comumente utilizado pelas unidades de saúde como Equipamento de Proteção Individual (EPI), tendo como principal função, minimizar a passagem de microrganismos para o paciente, e evitar a exposição do profissional de saúde aos agentes infecciosos, principalmente os transmitidos através do sangue, lembrando que a aquisição desses agentes também pode ser adquirida através de contatos com lesões cutâneas ou membranas mucosas com fluidos corpóreos contaminados, sendo que um dos principais microorganismos que pode ser transmitido para pacientes hospitalizados é o Staphylococcus aureus (S. aureus), um agente frequentemente envolvido em infecções hospitalares. Este trabalho objetivou avaliar os níveis de contaminação de jalecos usados por profissionais de saúde em uma entidade do município de Francisco Beltrão, durante procedimentos clínicos de rotina, em três áreas distintas: Enfermaria, Emergência e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), correlacionando-os entre si, e com o tempo de uso. Materiais e métodos: Foram analisados 72 profissionais de saúde, as coletas foram realizadas nos bolsos dos jalecos. Avaliaram-se tais níveis de contaminação por meio da impressão de carimbo de fórmica estéril, sobre o bolso. Logo após foram incubadas a 37ºC por 48h Placas de Ágar sangue de carneiro, e em seguida foi realizada a contagem das unidades formadoras de colônias (UFC), e a identificação da presença da espécie Staphylococcus aureus. Discussão: Na enfermaria 54% das culturas se apresentaram positivas, na emergência 46%, e na UTI 25%. Conclusão: Os resultados obtidos através deste trabalho demonstraram que os jalecos utilizados pelos funcionários da entidade de saúde do município de Francisco Beltrão, apresentaram baixos níveis de contaminação, em relação aos setores analisados, independente do tempo de uso dos mesmos, porém verificou-se que a enfermaria foi o local que apresentou maior percentual de contaminação por esta bactéria.