Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO IDOSO PELA MÍDIA ESCRITA: UM OLHAR SOBRE AS PALAVRAS E UM PENSAR ALÉM DAS PALAVRAS
Relatoria:
MARIANA DE M FORTUNATO
Autores:
- ANA LÍDIA CARVALHO PINHEIRO LINS
- TIAGO DINIZ GURGEL
- CLÁUDIA ISABEL SILVA CARLOS
- EVA EMANUELA LOPES CAVALCANTE FEITOSA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
(INTRODUÇÃO) O envelhecimento é uma temática que vem sendo discutida em todo o mundo através de diversas redes sócias e meios de comunicação, abordando assuntos alusivos às patologias, políticas públicas, qualidade de vida, dentre tantas outras temáticas. Nessa perspectiva, um destaque a mídia escrita faz-se importante, visto que foi percebida uma unifocalidade nas matérias veiculadas, as quais se direcionavam, principalmente, para as ocorrências de violência na terceira idade. (OBJETIVO) Com este apreciar, o alvo do estudo é discutir, através das lentes da criticidade, a forma como a mídia escrita vem tratando os assuntos que envolvem os gerontes bem como a relevância da mesma na veiculação de situações que compreendem o idoso. (METODOLOGIA) O exposto foi edificado mediante uma análise de discurso das reportagens, alusivas aos idosos, presentes nos jornais de maior veiculação do Estado do Ceará, especificadamente o jornal O povo e o Diário do Nordeste. Foram examinados 50 registros, datados de 2009 a 2011. Vale salientar que a pesquisa também foi fundamentada através de artigos científicos retirados da base de dados Scielo Brasil e documentos oriundos do Ministério da Saúde. (RESULTADOS) A mídia escrita vem abordando a figura dos gerontes associada a alguma condição submissa, fragilizada, preconceituosa, enfim, humilhante para a fase de vida que estão inseridos, além de publicar em excesso casos de violência ao idoso. De 1480 manchetes referentes à gerontes, encontrados nos jornais em análise, a maioria das exibições foram unânimes para os registros alusivos à violência contra os idosos seja ela física, psicológica, financeira, entre outras. Esse achado comprova a visão limitante dos escritores e a necessidade de notícias ampliadas sobre o envelhecimento que enalteça os pontos positivos dessa fase. (CONCLUSÃO) Mais que informação, é preciso ação. Ação esta inexistente em muitos casos, visto que ao buscar sobre a resolutividade a ausência de informação foi o deparado. Face ao exposto, afirma-se que a mídia escrita deveria não diminuir a quantidade de registros que denunciam as realidades pronunciadas, mas sim estender às reportagens para outros assuntos que contribuam para um olhar diferenciado à terceira idade e ajude os gerontes a pensar e a sentir a vida com mais autonomia e dignidade, ou seja, a mídia, nessa perspectiva, também pode noticiar acontecimentos bons que fazem parte do envelhecimento.