INTRODUÇÃO: O câncer de pênis é uma neoplasia rara, que atinge aproximadamente 1/100.000 homens nos países desenvolvidos, acometendo principalmente homens na terceira idade, independentemente de sua origem étnica. A doença é uma das mais antigas neoplasias conhecidas e acomete indivíduos de baixo nível social, com maus hábitos de higiene e não circuncidados, tendo como principal fator de risco a fimose, muitas vezes está associada ao papiloma vírus humano (HPV). No Brasil, sua freqüência é variável dependendo da região considerada. Na região Nordeste é o quarto em freqüência entre os cânceres do sexo masculino com 5,7%. Na região Norte também é o quarto mais freqüente, com 5,3%; e na região Centro-oeste posiciona-se em oitavo lugar, com 3,8%. Nas regiões Sudeste e Sul esta neoplasia não figura entre as dez primeiras localizações de câncer masculino primário. OBJETIVOS: Analisar epidemiologicamente o câncer de pênis no Brasil através de levantamentos nos artigos com publicações sobre os fatores de risco deste tipo de câncer no período de 2010 e 2011. METODOLOGIA: Trata-se de um levantamento bibliográfico através de artigos indexados nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online) com os descritores: Câncer de Pênis, Carcinoma e Enfermagem, com a delimitação do período de 2010 e 2011, dos quais foram levantados 05 artigos, os quais embasaram nosso estudo. RESULTADOS: A doença é mais freqüente em pacientes com idade entre 46 e 61 anos. As manifestações clínicas mais freqüentes são lesões do tipo ulceroso e crescimentos vegetantes, acompanhados de prurido, fimose, com ou sem balanopostite, A higiene adequada e a circuncisão precoce previnem a ocorrência da neoplasia na idade adulta. Os tipos histológicos mais comuns de câncer de pênis incluem o carcinoma de origem escamosa e o carcinoma in situ. Estudos em câncer de pênis têm demonstrado a associação do HPV com lesões benignas e malignas. CONCLUSÃO: Mesmo com os avanços na terapêutica, a taxa de morbidade e mortalidade do câncer de pênis permanece elevada tanto pela doença em si quanto pelo tratamento. Portanto para melhorar este cenário é necessário capacitar os médicos para o reconhecimento precoce do câncer e, adicionalmente, recomenda-se que sejam desenvolvidas medidas de incentivo da população masculina a buscarem informações nos serviços de saúde. Assim, Faz-se necessário a elaboração de campanhas públicas de esclarecimento dirigidas ao público masculino.