INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é um assunto bastante discutido entre profissionais da saúde, sendo atualmente no Brasil uma prática bem sucedida devido aos programas oficiais de incentivo ao aleitamento materno que se iniciaram na década de 80 e prevalecem até hoje. Tendo em vista que a qualidade nutricional e imunológica, assim como a segurança do produto, resulta em um conjunto de ações de controle e monitoração, faz-se necessário implantar boas práticas de processamento e sistema de controle preventivo para identificar e corrigir os pontos falhos em sua cadeia produtiva e na manipulação. OBJETIVO: Verificar o aspecto microbiológico do leite materno manipulado pelos Bancos de Leite, identificando fatores externos que influenciam em sua qualidade. METODOLOGIA: Foi conduzido um levantamento bibliográfico nos portais CAPES e PUBMED, tendo como alvo publicações científicas de alto nível com enfoque no tema. RESULTADOS: O estudo mostrou um grande percentual de amostras com presença de coliformes totais, geralmente testadas através da inoculação do leite materno pasteurizado em Caldo Bile Verde Brilhante (BGBL) 5% p/v. Outras bactérias patogênicas também estavam presentes como Staphylococcus spp. e Streptococcus spp., verificadas através da inoculação em ágar Mc Conkey e por provas bioquímicas. Este fato deve-se principalmente à ocorrência de má conservação do leite coletado e de infecções exógenas oriundas do ambiente hospitalar. Além disso, a presença de contaminantes em níveis elevados no leite materno acarreta redução do valor biológico pela utilização de nutrientes do leite pela microbiota contaminante e a diminuição dos fatores de defesa. CONCLUSÃO: Portanto, a adoção de novas orientações, cuidados e treinamentos para coleta, manejo, conservação e processamento do leite devem ser adotadas com o intuito de diminuir sua contaminação e assim fornecer leite de melhor qualidade para recém-nascidos.