No Brasil, a assistência pré-natal é em grande maioria caracterizada pelos componentes do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), esse programa produz para sua própria avaliação, indicadores que mostram a realidade da eficiência e eficácia de suas ações. O objetivo deste trabalho foi avaliar os indicadores de processo do PHPN no município de Barra do Corda, Maranhão, comparando dois anos de funcionamento (2007 e 2009. Realizou-se um estudo descritivo com abordagem quantitativa desses indicadores. Foram abordados os dados da oferta, utilização e cobertura dos serviços do programa, contemplando a totalidade de mulheres cadastradas, 1.629 mulheres (2007) e 1.486 mulheres (2009), além dos estabelecimentos de saúde que realizaram a assistência pré-natal. Foram utilizados para avaliação do programa os dados gerados a partir dos sistemas de informações SISPRENATAL, SIA e SINASC. O estudo seguiu os critérios de ética em pesquisa e foi aprovado por um comitê de ética em pesquisa. Após a avaliação observou-se que a oferta de serviços do programa teve um incremento importante comparando 2007 (68,75%) com 2009 (83,33%). O estudo mostrou indicadores praticamente idênticos de mulheres inscritas com até 120 dias de gestação com média de 46%. O indicador de mulheres que realizaram seis consultas de pré-natal mostrou percentual de 2,6% em 2007 e 2,07% em 2009. Número semelhante foi encontrado quando as seis consultas foram aliadas a consulta puerperal e os exames obrigatórios, no entanto, com um pequeno decréscimo quando agrupadas essas variáveis. Em 2007, 47% das mulheres foram imunizadas com vacina antitetânica e em 2009 foi de 51%. Quando foi analisado o conjunto das atividades assistenciais foi percebido percentual de 2,45% em 2007 e 1,64% em 2009. Quando acrescentado o teste anti-hiv a todos os outros critérios de avaliação encontrou-se os piores indicadores do município com 1,43% em 2007 e 0,82% em 2009. A cobertura do programa alcançou um bom resultado em 2007, com o percentual de 77,44%, porém não alcançou seus objetivos em 2009. A comparação dos indicadores de qualidade, definidos pelo próprio sistema, mostram um decréscimo de 2007 para 2009, os baixos percentuais registrados ratificam que o programa necessita de avaliações constantes, não somente com os critérios propostos pelo próprio programa, mais sim em outros aspectos científicos, através de outras pesquisas.