Na contemporaneidade, a temática da morte foi paulatinamente excluída do âmbito sócio-cultural e, particularmente, da formação e prática dos profissionais de saúde. Até meados do século XX, as atitudes diante da morte e do morrer eram vividas e partilhadas mediante rituais sócio-culturais, que as integravam à vida individual e coletiva, como condições da existência humana, sendo o hospital instituído como o local para onde deveria ser transferido o cuidado nessa fase da vida. Nesse sentido, os profissionais de saúde passam a ser os responsáveis por este processo, a partir da institucionalização de um processo natural de terminalização da vida, inteiramente subjugado ao domínio do conhecimento científico e técnico. Por sua vez, o acadêmico de enfermagem vivencia situações onde lida com este processo sem o adequado preparo ou suporte acadêmico, especialmente por parte dos docentes. Nesse contexto, o estudo objetivou avaliar a literatura científica relacionada à inserção da temática da morte no Curso de Graduação em Enfermagem, a partir da análise de publicações especializadas em enfermagem no Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa, onde foram analisados artigos publicados no período de 2001 a 2011, em língua portuguesa e que incluíam em seus descritores os termos: Morte - Educação - Enfermagem. Foram identificados 10 artigos científicos que, em sua maioria, relatam pesquisas de caráter qualitativo, realizadas em nível de pós-graduação. Os resultados evidenciaram que a temática da morte é contemplada no currículo do curso de graduação, todavia, sem a ênfase necessária para torná-la parte integrante e relevante da formação de um profissional que lidará com a morte e a terminalidade da vida em seu cotidiano. Espera-se que este estudo subsidie ações pedagógicas que efetivamente incluam este tema como base da formação acadêmica de enfermeiros, permitindo, assim, criar uma atitude humanizadora e respeitosa diante da morte.