INTRODUÇÃO: Interação medicamentosa é um evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, fitoterápico, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Essas interações são mais comuns entre os idosos principalmente por apresentarem maior número de doenças crônicas e utilizarem grande quantidade de medicamentos. OBJETIVO: Analisar a estrutura das produções científicas relativas à prevalência de interações medicamentosas em pacientes idosos hospitalizados. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo bibliográfico, com artigos científicos completos publicados nas bases de dados LILACS e SCIELO. Os dados foram coletados por instrumento estruturado na forma de formulário registrando-se os títulos, ano da publicação, titulação do autor principal, objetivo, revista, local de realização da pesquisa e conclusão dos estudos. O critério de inclusão foi artigos publicados entre 2002 e 2012 contendo pelo menos um descritor previamente selecionado no texto e contexto do trabalho. Os descritores utilizados foram: interações de medicamentos, internação e idosos. Identificou-se 67 publicações, e uma amostra de 15 estudos para análise. RESULTADOS: A maioria dos artigos selecionados, foram publicados na Revista Brasileira de Enfermagem, 3 (20%), o predomínio foi dois autores por artigo, 5 (33,3%), e o ano de maior publicação foi 2011, contabilizando 4 (26,6%). Em 7 (46,6%) estudos o enfermeiro foi o autor principal apresentando com maior titulação mestre, 3 (20%) . Predominaram artigos realizados em Hospitais Públicos, 10 (66,6%), e na região Sudeste, 7 (46,6%), observando poucos trabalhos na região Nordeste. A maioria dos estudos procurou conhecer a frequência e as possíveis interações medicamentosas em prescrições hospitalares. Verificou-se, ainda, que a prevalência de paciente idoso com reações adversas é na maioria resultado de interações medicamentosas. Das principais conclusões, destaca-se a importância de avaliar e monitorar a farmacoterapia no idoso prevenindo e diminuindo as consequências das interações medicamentosas. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou a importância de aprofundar o conhecimento do enfermeiro sobre interação medicamentosa em pacientes idosos hospitalizados. No entanto, é imprescindível o trabalho multidisciplinar para que estratégias de monitoramento farmacoterapêutico possam ser desenvolvidas e propiciar o uso seguro e racional dos medicamentos.