Estudo de revisão integrativa, relacionado à pesquisa de enfermagem a qual vincula várias funções, fundamentadas cientificamente, quanto à orientação sexual que é um processo de intervenção sistematizado, planejado e intencional, promovendo um espaço de acolhimento e reflexão das dúvidas, valores, atitudes, informações, posturas, contribuindo para a vivência da sexualidade de forma responsável e prazerosa. Tem como objetivo descrever as publicações científicas de enfermagem na área da orientação sexual no Brasil, no período de cinco anos. O levantamento foi realizado na base de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online) utilizando os descritores: enfermagem, orientação sexual e escola. A seleção dos artigos obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: artigos nacionais que abordam orientação sexual, enfermagem e escola, publicados no Brasil entre 2005 e 2009, obtendo-se trinta artigos. Os resultados evidenciaram que o ano de 2006 concentrou a maioria das pesquisas com 40%. A abordagem qualitativa foi a mais frequente, com 60%. Quanto à região geográfica, se sobressaiu a região Sudeste (56%). Os artigos pesquisados 47% foram realizados em unidades educacionais tanto públicas como privadas, onde se observa atividades sobre orientação sexual por parte do enfermeiro com o apoio dos educadores. Os demais 53% foram realizados em Unidades Básicas de Saúde. Verificou-se que os artigos selecionados referem-se à visão do enfermeiro quanto o grau de conhecimento a cerca da orientação sexual no ensino; as formas de abordagem da temática no cotidiano escolar; a relevância do enfermeiro no programa de orientação sexual na escola; dificuldades encontradas pelo pouco trabalho nessa área e as formas de abordagem quanto à orientação sexual. Concluiu-se que as publicações científicas de enfermagem na área da orientação sexual é campo muito extenso no Brasil, embora se reconheça que a diversidade na orientação sexual na escola merece ser contemplada por mais pesquisadores da enfermagem. Cabe destacar que as publicações referentes ao presente estudo ainda são insuficientes, principalmente na região Norte e Nordeste, ressaltando que em nível local não houve nenhuma publicação no período estudado. A enfermagem é a maior responsável pelo processo de cuidar e orientar, portanto, é preciso que os enfermeiros percebam que a escola é um local de informação e formação, promovendo as mudanças necessárias para que a orientação sexual se transforme em prática hodierna.