INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não-transmissíveis entre elas à hipertensão arterial e o diabetes mellitus (DM) apresentaram um aumento significativo nas últimas décadas. A hipertensão arterial é uma doença degenerativa que afeta cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo; o diabetes mellitus (DM) é uma distúrbio metabólico caracterizado por insuficiência na produção e/ou utilização de insulina pelo organismo. Juntas são responsáveis por inúmeros casos de morbimortalidade no Brasil. Uma das formas de acompanhar indivíduos acometidos por essas doenças foi com a criação do Hiperdia que é um programa criado pelo governo para cadastrar e acompanhar indivíduos portadores dessas doenças que estejam vinculados a unidades de saúde ou equipes de Estratégia Saúde da Família. OBJETIVO: Mostrar o perfil epidemiológico dos indivíduos acompanhados e cadastrados no Hiperdia no estado do Piauí no período de 01/2008 a 01/2012. METODOLOGIA: O estudo foi realizado por meio de consultas nos bancos de dados como PUMED, MEDLINE e SCIELO a respeito da hipertensão e diabetes, tem caráter quantitativo/descritivo utilizando dados do Sistema de Cadastro e Acompanhamento de Hipertensos e Diabetes/Hiperdia registrados entre os meses de Janeiro de 2008 a Janeiro de 2012. A analise estatística dos resultados encontrados foi expresso em gráficos feitos por meio do programa Microsoft Excel 2010. RESULTADOS: Entre Janeiro de 2008 a Janeiro de 2012 no estado do Piauí foram cadastrados e acompanhados pelo programa Hiperdia um total de 66412 indivíduos com diabetes, hipertensão ou portadores das duas doenças. Desse total, 4,13% (n=2744) são diabéticos sendo 26,20% (n=719) do tipo I da doença e 73,8% (n= 2025) do tipo II, o sexo mais representado entre os dois tipos de diabetes é o feminino com 57,98% (n=1591); 79,68% (n= 52918) são hipertensos onde 35,91% (n=19005) são homens e 64,08% (n=33913) são mulheres.; quanto aos indivíduos com diabetes e hipertensão o número é de 16,18% (n=10750) sendo 33,52% homens e 66,47% mulheres. CONCLUSÃO: O programa Hiperdia mostra-se eficaz no estado do Piauí sendo de grande importância no monitoramento constante dos indivíduos cadastrados com garantia de medicação adequada a essa população e ao tempo que faz o delineamento epidemiológico dos indivíduos assistidos com informações relevantes aos órgãos de saúde e até mesmo a população.