Introdução: Vulnerabilidade é considerada como conjunto de fatores de natureza biológica, epidemiológica, social e cultural cuja interação amplia ou reduz o risco ou a proteção de uma pessoa frente a uma determinada doença, risco ou dano. A categoria de gênero é pautada em um contexto histórico social, que compreende não somente as diferenças sexuais, mas atribui a essas diferenças o resultado de um processo cultural, a educação diferenciada de gênero corrobora na delegação desses papéis sociais, sendo atribuídas a mulher as tarefas relacionadas à reprodução e ao corpo, enquanto que o homem é responsável pelas imputações culturais, estimulando o exercício do poder sobre a mulher que se torna submissa. Objetivo: Conhecer os fatores biopsicossociais que tornam as mulheres vulneráveis, bem como avaliar as estratégias de enfrentamento desses problemas por parte das mesmas. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório e abordagem qualitativa, realizada no mês de maio de 2012, por meio de artigos científicos disponíveis no banco de dados do Scientific Electronic Library Online (SCIELO), utilizando os descritores: vulnerabilidade, mulher e gênero. Foram encontrados 32 artigos, dos quais 12 foram selecionados, uma vez que condiziam com a temática abordada. Resultados: Na nossa pesquisa verificamos que a submissão das mulheres aos homens no que diz respeito ao exercício da sexualidade e a sua responsabilização pela concepção e contracepção dificulta o diálogo com seus parceiros e aumenta sua vulnerabilidade. Outros fatores como condição socioeconômica inferior, baixo poder de negociação sexual e o fato dos parceiros terem múltiplas parceiras sexuais e não aceitarem o uso do preservativo as tornam vulneráveis à violência doméstica e as doenças sexualmente transmissíveis (DST)/AIDS. Considerações: Compreendemos que as mulheres precisam ser conscientizadas de sua vulnerabilidade, permitindo poder de decisão dentro de seus relacionamentos, autonomia em suas vidas e reduzindo os comportamentos de risco, porém é necessário envolver os homens, pois o seu comportamento atinge diretamente a mulher. Muitas medidas podem ser efetivadas, contudo, se não houver uma mudança na educação das crianças no que diz respeito às questões de gênero, esses problemas continuarão a persistir.