Na população idosa, as doenças respiratórias e suas complicações têm sido causas constantes de internação e morte. Por conta disso, o estudo objetivou analisar o perfil de diagnósticos de enfermagem em pacientes idosos com algum distúrbio respiratório. Trata-se de uma pesquisa transversal, realizada em um hospital do município de Crato-CE, com 38 pacientes diagnosticados com algum distúrbio respiratório. Diante disso. A coleta dos dados foi realizada de fevereiro a abril de 2012, por meio de um formulário contendo tópicos sobre queixa principal, exame físico, fatores de risco e tratamento. Para a nomeação dos diagnósticos optou-se pela Taxonomia II da NANDA-I (2010) e para a análise dos dados utilizou-se o programa Epi-Info 7.0. A proposta foi aprovada pelo Comitê de Ética sob o número 134/2012. Quanto aos dados sociodemográficos, verificou-se que os pacientes eram predominantemente do sexo feminino, com baixa escolaridade, viviam com companheiro, com idade média de 70,1 anos (DP= 7,2), eram aposentados e com uma renda familiar média de 1240 reais (DP= 506). Os diagnósticos de enfermagem mais frequentes foram: Risco de infecção (100%), Conhecimento deficiente (92,3%), Desobstrução ineficaz das vias aéreas (76,9%), Comportamento de saúde propenso à risco (76,9%), Déficit de autocuidado para vestir-se (61,4%), Déficit de autocuidado para banho (61,5%), Dor aguda (61,5%) e Intolerância a atividade (61,5%). Quanto aos fatores relacionados, os mais frequentes foram: Exposição ambiental aumentada a patógenos (100%), Falta de exposição (84,6%), Tabagismo (76,9%), Desequilíbrio entre a oferta e demanda de oxigênio (61,4%), Agentes lesivos biológicos (53,8%), Secreções retidas (53,8%) e Mobilidade física prejudicada (30,7%). No tocante às características definidoras, foram mais frequentes: Verbalização do problema (84,2%), Não consegue agir de forma a prevenir problemas de saúde (76,9%), Ruídos adventícios respiratórios (69,2%), Relato verbal de dor (61,4%), Incapacidade de lavar o corpo (53,8%), Dispneia aos esforços (53,8%) e Capacidade prejudicada de colocar itens de vestuários necessários (30,7%). Verificou-se que os pacientes apresentaram diagnósticos de enfermagem mais relacionados ao domínio segurança/proteção e atividade/repouso. Estes pacientes requerem dos enfermeiros uma prática sistematizada embasada nos diagnósticos de enfermagem, tornando o cuidado mais científico e menos empírico.