INTRODUÇÃO: A Leishmaniose é uma patologia não contagiosa transmitida ao homem através da picada do mosquito que pode acometer principalmente pele e mucosas, tem registro anual de 1 a 1,5 milhões de casos, e é considerada como uma das seis infecções mais relevantes do mundo, por conta do alto grau de detecção e capacidade de produzir deformidades. Ocorre em 88 países, incidindo regiões tropicais e subtropicais. O aumento dos casos no Brasil estar associada a mudanças ambientais, o Nordeste ganha destaque com maior número de casos, o Maranhão é considerado área endêmica, por isso a LTA caracteriza-se como é um dos maiores problemas de saúde pública do Estado. OBJETIVO: Conhecer as características epidemiológicas de casos LTA notificados em um hospital público do Maranhão. MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo e retrospectivo de 2009 a 2011, com dados coletados das fichas de notificação de LTA de indivíduos atendidos no Hospital Presidente Vargas - São Luís (MA). RESULTADOS: No período do estudo foram notificados 65 casos de LTA, a maioria do sexo masculino (65%), o sexo feminino correspondeu a 35%. A faixa etária dos indivíduos variou de 0 a mais 60 anos, em média 64% das infecções, ocorreram entre 11 a 50 anos. Quanto à procedência, 55% eram da capital São Luís e 45% eram casos procedentes do interior do Estado. Em relação ao local de provável infecção 63% dos notificados adquiriram a infecção no interior, 28% supostamente infectaram-se na capital, 9% não identificaram o local de infecção. As ocupações mais relevantes foram: as donas de casa com 8%, estudantes 14% e os lavradores que foram os mais acometidos com 38% das notificações. Quanto à raça 91% eram pardos. Em relação à presença de lesão de LTA, 97% apresentaram lesão cutânea, 1,5% lesão mucosa e 1,5% não tipo de lesão não identificada. A corelação da LTA com o HIV foi negativa em 42% das notificações, 38% o HIV por algum motivo não foi investigado, 18% das fichas tiveram o teste de HIV ignorado, apenas em 2% das notificações o HIV deu positivo. CONCLUSÃO: Constatou-se que a maioria dos casos de LTA notificados nos anos de 2009 a 2011 ocorreram no sexo masculino e em adultos jovens, procedentes da capital, que tiveram o interior como local provável da infecção, os lavradores foram os mais infectados. Verificou-se, ainda, que a raça parda e a presença de lesão cutânea esteve presente na maior parte das notificações e que o HIV foi negativo na maior parte das notificações.