INTRODUÇÃO: O objetivo geral da Vigilância Epidemiológica em âmbito hospitalar é detectar e investigar doenças de notificação compulsória atendidas em hospital. Para tanto foi instituído, por meio da Portaria nº 2.529, de 23 de novembro de 2004, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, formado por uma rede nacional de 190 Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHE) em hospitais de referência no Brasil. A finalidade da criação do subsistema é o aperfeiçoamento da vigilância epidemiológica por meio da ampliação da rede de notificação e investigação de doenças transmissíveis, sendo o setor responsável pelo planejamento e execução das ações de epidemiologia hospitalar, incluindo a vigilância epidemiológica das Doenças de Notificação Compulsória (DNC) e outros agravos de interesse da Saúde Pública. OBJETIVO: Descrever a experiência acadêmica, como estagiárias de um NHE, relatando as atividades realizadas, bem como sua importância e as dificuldades vivenciadas nesse setor. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, ocorrido no primeiro semestre do presente ano, em um Hospital de Urgência de Teresina-PI, referente à rede sentinela. Desenvolvido a partir da análise da prática real e cotidiana de estágio e trabalho em um NHE. RESULTADOS: Ressaltam-se como principais atribuições: realizar vigilância epidemiológica, acompanhamento e notificação das DNC, agravos inusitados e surtos, visando a detecção, prevenção e controle dessas doenças e agravos. Destaca-se a importância do núcleo pela busca ativa de casos em setores estratégicos do hospital; agilidade nas medidas de controle e, consequentemente, a interrupção da cadeia de transmissão; por poder demonstrar surgimento de novas doenças (emergentes), a reemergência de outras e, até mesmo, mudanças na história natural de uma doença. Com relação às dificuldades pode-se identificar: falta de estrutura adequada; carência de recursos humanos; problemas de confirmação de casos através de exames laboratoriais; bem como a falta de conscientização dos profissionais sobre a notificação dos casos. CONCLUSÕES: A vivência em um NHE, possibilitou-nos o contato com as mais variadas doenças e agravos de notificação compulsória, incrementou o conhecimento acadêmico sobre a Vigilância Epidemiológica, familiarizando-nos com suas ações e estratégia em Saúde Pública.