Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
AÇÕES EDUCATIVAS VIVENCIADAS JUNTO A HIPERTENSOS E DIABETICOS NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIENCIA
Relatoria:
EURINETE CATARINA GUIMARÃES DA SILVA
Autores:
- Anna Kelly Martins Lima
- Satyê Rocha Pereira
- Marcely Naiane Almeida Aguiar Campelo
- Lívia Maria Nunes de Almeida
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
No Brasil a Hipertensão (HA) e a Diabetes Mellitus (DM) representam a primeira causa de hospitalização no sistema público de Saúde e ambas ainda constituem principal fator de risco populacional para doenças cardiovasculares. Educação em Saúde, associada ao controle dos níveis de pressão e de glicemia, atividade física e dieta alimentar, são importantes instrumentos na redução das grandes complicações ocasionadas por essas doenças. Assim, nota-se a relevância do desenvolvimento de ações educativas que enfatizam a prevenção e promovam a qualidade de vida dos indivíduos acometidos, aumentando o conhecimento sobre seu problema e a aceitabilidade ao tratamento. Objetivou-se neste trabalho evidenciar a relevância de práticas educativas em saúde, através das experiências em um Grupo de Convivência de hipertensos e diabéticos. O estudo consiste em um relato de experiência, concretizado a partir de práticas educativas realizadas através de um Grupo de Convivência com hipertensos e diabéticos, acompanhados pela ESF Bom Jesus do município de Caxias, Maranhão. As reuniões do Grupo de convivência ocorreram duas vezes por semana durante um mês. Em cada reunião apresentava-se um tema, sendo formada uma roda de conversação, para o relato de dúvidas, experiências vividas e compartilha de situações do cotidiano pelos pacientes. O grupo teve participação de 20 pacientes em idade entre 40 e 75 anos, em sua maioria mulheres e através das conversas realizadas, vivenciou-se de início, grande resistência dos pacientes, em aceitar mudanças em seus hábitos de vida. Muitos pacientes, não seguiam o regime terapêutico proposto, e não eram acompanhados mensalmente pelo médico ou enfermeiro. Alguns abandonaram o tratamento medicamentoso devido a crendices e falta de informação. Ademais, conheceu-se que alguns pacientes não aceitam o fato de possuírem uma doença crônica e relatam sua ausência da UBS, devido à falta de humanização dos serviços prestados. Assim, as orientações foram repassadas de forma natural e espontânea de modo que deixassem os participantes à vontade. Isso, permitiu despertar o interesse pelo auto-cuidado de forma consciente, reforçando a necessidade da adesão às propostas de tratamento e condutas terapêuticas. Constatou-se que o relacionamento humano e a troca de experiências, aumentam a cooperação e contribuem para a eficácia do tratamento da hipertensão e diabetes.