INTRODUÇÃO: A assistência pré-natal é uma época de preparação física e psicológica para o parto e para a maternidade, compreendendo um conjunto de atividades que visa à promoção da saúde das mulheres grávidas e dos recém-nascidos. OBJETIVO: Estudar a assistência pré-natal entre usuárias do Sistema Único de Saúde de São Luís – Ma. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa, incluindo 1649 puérperas internadas nas 4 principais maternidades públicas de São Luís/MA no período de maio a setembro de 2011. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevista individual com questionário estruturado. Os dados foram analisados utilizando-se o Programa Epi Info. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão e os procedimentos do estudo foram desenvolvidos respeitando os princípios preceituados pela resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). RESULTADOS: Em relação aos dados referentes ao pré-natal, do total de 1649 puérperas estudadas, 1595 (96,7%) realizaram o pré-natal, contudo, 54 (3,3%) não realizaram o mesmo. Das puérperas entrevistadas, 26,3%(433) realizaram 6 consultas e 32,0%(527) realizaram seis consultas ou mais. Em relação as informações dadas no pré-natal em relação aos sinais de início de parto e parto e de quando deveria procurar atendimento em uma maternidade, 69%(1059) responderam que não receberam essas informações durante as consultas de pré-natal, enquanto que 32,5 %(536) responderam que foram orientas. Destas, os sinais mais referidos foram contrações/dores (11,8%) e contrações/dores + amniorrexe(10,3%). No que se refere às orientações de que maternidade procurar no momento do parto obteve-se que 1096(66,5%) das puérperas não sabiam que maternidade procurar.Este fato descumpre a lei 11.634 de 27 de dezembro de 2007, que determina que toda gestante assistida pelo Sistema Único de Saúde(SUS) tem direito ao conhecimento e à vinculação prévia à maternidade na qual será realizado seu parto e na qual ela será atendida nos casos de intercorrência pré-natal. CONCLUSÃO:Com base nos resultados obtidos, observa-se que a assistência pré-natal de baixo risco apesar da sua boa cobertura deve ser revisto.Para isto, é necessário o aprimoramento da qualidade da assistência pré-natal através de capacitação técnica continuada dos profissionais de saúde para a resolução dos problemas mais primários nos níveis de saúde.