INTRODUÇÃO: Dados do Ministério da Saúde mostraram que a cada três adultos que morrem no Brasil, dois são homens. Isso ocorre, na maioria das vezes, porque os homens não frequentam os serviços de saúde, devido a identidade masculina está associada à desvalorização do autocuidado e à preocupação incipiente com a saúde; a unidade básica de saúde é vista como um espaço feminilizado e há falta de atividades direcionadas especificamente a população masculina. As transformações sobre as condições de vida e de saúde dependem do acesso a determinadas formas de conhecimento, e a educação em saúde cumpre um papel significativo frente à melhoria das condições de vida e de saúde das populações. OBJETIVO: Desenvolver estratégias de educação em saúde com homens na atenção primária, voltadas à promoção da saúde e prevenção de doenças. METODOLOGIA: Este estudo trata-se de um relato de experiência no qual foram desenvolvidas ações de educação em saúde por monitoras do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde, Enfermeiras e Agentes Comunitários de Saúde. A atividade foi realizada no período de 14 a 19 de novembro de 2011, na unidade básica de saúde do Vila Arias, na cidade de Caxias, Maranhão. Com 129 homens entre 18 e 85 anos. O trabalho teve início com a apresentação do evento e a triagem dos participantes. Durante o evento foram ministradas palestras sobre Tabagismo, Alcoolismo, Câncer de Pênis, Câncer de Próstata e Doenças Sexualmente Transmissíveis através de álbuns seriados confeccionados para o evento. Após as orientações, os homens eram encaminhados para a consulta de Enfermagem. RESULTADOS: Na triagem observou-se que muitos homens apresentaram alterações da pressão arterial, glicemia e peso. Percebeu-se, pelos participantes, pouco conhecimento com relação aos temas abordados, mas interesse em participar das atividades ofertadas pela unidade e em ser acompanhado pela equipe de Saúde da Família. Para a consulta de enfermagem foram encaminhados os participantes que apresentaram alteração na triagem e que relataram fatores de risco, conforme os temas abordados, e encaminhados à consulta médica para maior avaliação. CONCLUSÃO: A educação em saúde possibilita acrescentar mais informações aos conhecimentos humanos, pela prevenção. Transformar os hábitos de uma população não é tarefa fácil, devido às crenças, culturas e contexto social. Assim, pode-se observar que ações como essa deve ser contínuas afim de promover qualidade de vida e melhoria no indicadores de saúde.