O programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher rompe com o modelo de assistência materno-infantil e, incorpora uma abordagem ampliada que engloba todas as gerações da vida da mulher. Assim, entre as prioridades rematadas pela atenção à saúde da mulher estava a assistência ao período do climatério, por tratar-se da fase de vida compreendida entre a transição do período fértil para o não fértil, decorrente de transformações biológicas. Assim sendo, esse estudo tem a finalidade de descrever a prática de ensino aprendizagem vivenciada por discentes de graduação em enfermagem, integrados ao Programa de Orientação Tutorial para o Trabalho Integrado em Saúde-POTI. Este relato da experiência tem o propósito de associar o conhecimento da pesquisa com a prática profissional, aflorados pela inquietude de mulheres em fase do climatério, atendidas em nível de atenção primária de saúde, no distrito oeste do município de Natal/RN. As mulheres relataram em sua maioria, a presença de alterações adaptacionais na fase do climatério, algumas vezes, de muito desconforto, que contribuem para as mudanças de humor e as dificuldades em manter a rotina do dia a dia. A partir dessas, queixas, uma equipe de estudantes e preceptores, estabeleceu algumas reuniões com a participação de 29 mulheres em fase de climatério, e por meio da escuta ativa as menopausadas relatavam sobre os antecedentes ginocológicos e alterações psicobiológicas, para tornar transparentes as necessidades de informação que esse grupo feminino detinha. E assim diante das necessidades expressas foram efetivadas rodas de conversas com a temática “climatério”, esclarecendo dúvidas e desmitificando conhecimentos impróprios. Em relação às inquietudes e dúvidas expunhas foi observado, em sua maioria alteração psicobiológicas pós-menopausa, entre essas as mais relatadas foram: fogachos, sudorese intensa, alterações de humor, fadiga, diminuição do libido, entre outras, ainda assim em nossa reuniões detectou –se que aproximadamente 76% dessas mulheres não tinha recebido qualquer orientação sobre climatério. Portanto, a prática assistencialista aflorada da necessidade relatada pela população apresenta-se como importante estratégia de atenção á saúde, efetivando o cuidado e minimizando os anseios. Sugere-se que os serviços de saúde capacitem seus profissionais tornando-os sensibilizados para as peculiaridades apresentadas por esse grupo funcional.