Introdução: A sepse é uma síndrome clínica que representa uma das mais importantes causas de hospitalização e mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva. Nesse contexto, o tratamento ágil e adequado dispensado pelos diversos profissionais que integram a equipe de saúde torna-se crucial para o sucesso na abordagem da síndrome séptica, diminuindo, assim, a incidência de disfunções orgânicas. Objetivos: Conhecer o entendimento de enfermeiros de uma UTI Geral em relação à sepse; investigar as manifestações da síndrome séptica identificadas por enfermeiros intensivistas em pacientes de uma UTI Geral; e verificar as intervenções de enfermagem implementadas diante de pacientes com sepse. Metodologia: Estudo exploratório realizado em uma UTI Geral de um hospital da rede pública estadual, localizado no município de João Pessoa-PB. A população foi composta por 08 enfermeiros intensivistas e o espaço amostral foi efetivado com 06 profissionais, sendo utilizado para a coleta de dados um formulário composto por duas partes: a primeira constituída por questões objetivas que levantaram dados de identificação da amostra; e a segunda por questões norteadoras que levantaram o entendimento e conduta dos enfermeiros em relação à síndrome séptica. Resultados: Constatou-se na amostra de enfermeiros a predominância do sexo feminino (83,3%), com uma faixa etária que variou entre 20 e 40 anos; nível de educação em Enfermagem diversificada e tempo de atuação na área de cuidados intensivos recente. A sepse foi adequadamente concebida como uma síndrome complexa desenvolvida pelo ser humano em resposta à invasão de microrganismos patogênicos, sendo seus sinais bem identificados pelos enfermeiros nos pacientes criticamente enfermos, norteando, dessa forma, adequados cuidados de enfermagem. Conclusão: Embora a sepse não corresponda a uma infecção generalizada, mas sim uma resposta inflamatória sistêmica (SIRS) secundária a um quadro infeccioso qualquer, os enfermeiros sabidamente identificaram os sinais de sepse no paciente crítico, relataram cuidados intensivos adequados e condizentes com os bundles enfatizados pela Campanha Sobrevivendo à Sepse. Percebe-se a importância do enfermeiro no reconhecimento precoce dos diferentes espectros clínicos relativos à sepse para que ele possa traçar definições rápidas dos planos terapêuticos e estratégias adequadas de monitorização.