A neoplasia mamária é a mais freqüente entre as mulheres, sendo atualmente a principal causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras. A identificação desse tipo de câncer ainda em estágio inicial pode reduzir as mortalidade, aumentando a probabilidade de cura e sobrevida dos indivíduos doentes. Objetiva-se identificar os fatores associados a não realização da mamografia e do exame clínico das mamas. Trata-se de um estudo bibliográfico, com abordagem quantitativa, realizada entre o período de março e maio de 2012, através de busca eletrônica de artigos indexados nas bases de dados Scielo( Scientific Eletronic Library Online) e BVS ( Biblioteca Virtual em Saude), a partir dos descritores: neoplasias da mama, mamografia, e rastreamento. Encontraram-se 122 artigos nas referidas bases de dado. Utilizaram-se como critérios de inclusão: artigos completos, escritos em língua portuguesa, disponíveis de forma gratuita e publicados entre 2000 a 2012. Como critérios de exclusão adotaram-se: estudos incompletos, em língua estrangeira e que não correspondiam ao tema específico para essa pesquisa. Realizou-se uma leitura exploratória e minuciosa dos estudos que resultou na seleção de 16 artigos que obedeciam aos objetivos do trabalho. Os resultados foram: 50% dos artigos interpretaram que o exame clínico das mamas e a solicitação de mamografia, constituem parte da consulta de prevenção ginecológica e, que na ausência desta consulta, a realização destes exames de rotina ficam comprometidas, 75% dos artigos enfocaram a necessidade de estratégias educativas para a promoção da saúde mamária, diante da comprovação de que baixos níveis socioeconômico estão diretamente associados ao pouco grau de informação, que repercute na falta de adesão ao autocuidado e 31,3% dos artigos evidenciaram que os principais motivos relatados pelas mulheres para não realizar a mamografia estão relacionados a dor e o desconforto durante o exame mamográfico, principalmente em mulheres com mastalgia. Conclui-se que, o acesso a consulta ginecológica deve se tornar mais fácil e rápido, para isso as unidades de saúde devem ter horário mais flexíveis para facilitar o acesso das mulheres que trabalham. Além disso precisa-se investir na Educação Permanente dos profissionais de enfermagem, para que estes implementem na sua pratica diária ações de promoção de saúde mamária com ênfase no ECM, AEM e exames mamográficos.