Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
TERAPIA MEDICAMENTOSA NA TERCEIRA IDADE: PERFIL DA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS
Relatoria:
ANA FLáVIA CARVALHO MOREIRA
Autores:
- Paulo Roberto da Silva Ribeiro
- Ana Cristina Pereira Jesus
- Mayna Pereira de Lima
- Cristiane de Sena Assis
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
No Brasil, aproximadamente 14% dos custos totais com saúde estão relacionados a medicamentos. Mais de um quarto dos medicamentos é prescrito para idosos. Neste contexto podem-se perceber vários fatores negativos quanto ao uso de medicamentos pela população em questão como a dificuldade em organizar suas medicações ocasionadas pelo déficit cognitivo causado pela senescência e o uso de vários fármacos, tornando-os propensos a intoxicações medicamentosas e hospitalizações. Diante desta realidade, este trabalho teve como objetivo descrever o perfil do consumo de medicamentos pelos idosos, bem como identificar fatores associados à utilização dos mesmos fornecendo, assim, subsídios para um planejamento adequado da assistência à saúde dos idosos. Trata-se de um estudo transversal, de caráter quali-quantitativo, realizado com 62 idosos assistidos pela Instituição Casa do Idoso, localizada no Município de Imperatriz–MA. O mesmo foi realizado no período de outubro a novembro de 2011. Para tanto, os gerontes, sem déficit cognitivo, foram submetidos à leitura e assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, consentindo a coleta dos dados, posteriormente foi aplicado um roteiro de entrevista semi-estruturado, onde foram investigados dados socioeconômicos e conhecimentos prévios acerca da terapia medicamentosa. A partir da análise dos dados observou-se que a população em estudo foi composta em sua maioria por indivíduos do sexo feminino (69%), com grau de instrução relativo ao ensino fundamental incompleto (70%) e renda mensal de 1 a 2 salários mínimos (72%). 71% dos idosos afirmaram procurar atendimento médico somente quando julgam necessário, sendo que, dentre estes, 50% foram ao médico mais três vezes nos últimos 12 meses. Entretanto, 77% afirmaram que já adquiriram medicamentos sem prescrição médica (automedicação), sendo 28% destes foram orientados por farmacêuticos. Dentre os medicamentos elencados, têm-se os anti-inflamatórios não esteroidais (81%), sendo os mais citados paracetamol, diclofenaco e tandene, seguidos por anti-hipertensivos, antibióticos e antigripais, todos somando 3%. 46% dos gerontes afirmaram já ter apresentado reações adversas a medicamentos, tais como epigastralgia, prurido, cefaléia, edema e eritema. Dessa forma, este estudo reforça a importância da execução de atividades educativas junto aos idosos, pois o mau uso dos medicamentos tende a agravar os problemas de saúde que estes já possuem.