Os acidentes escorpiônicos representam grave problema de saúde pública no país pela morbi-mortalidade que ocasionam e pela frequência de ocorrências relacionadas a fatores climáticos e aumento da atividade humana, causado pelo avanço da fronteira agrícola, pela exploração dos recursos naturais e pela ocupação de territórios verdes. Tornou-se prioritário trabalhar os acidentes escorpiônicos na região nordeste, por se tratar de um dos acidentes de maior prevalência na região, o que pode ser demonstrado pela incidência de casos que, em 2010, representou 37,3% dos acidentes ofídicos. O objetivo deste trabalho foi discutir e descrever os fatores de risco e a forma de prevenção dos acidentes escorpiônicos na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Trata-se de uma revisão bibliográfica acerca de artigos e manuais do Ministério da Saúde que tratam do tema, realizada no período de dezembro de 2011 a maio de 2012. A atenção básica, através da ESF como porta de entrada para o SUS, busca reduzir danos que possam comprometer a vida saudável. Entre os problemas de saúde pública encontram-se os acidentes ofídicos, destacando-se o escorpionismo. Devido o aumento da atividade humana nos territórios verdes houve o aparecimento de escorpiões em diversos locais, como construções, habitações, onde existe farta fonte de alimentação como insetos, baratas e grilos. Quando se existe uma soma de condições favoráveis como alimento, abrigo e clima haverá maior probabilidade de multiplicação da espécie, constituindo-se no principal fator de risco para a ocorrência de acidentes escorpiônicos. A forma de prevenção constitui-se de cuidados intra e extradomiciliares, além do controle da espécie. Alguns fatores que podem ser trabalhados na forma de prevenção primária como examinar calçados e roupas antes de usar; evitar colocar mãos e pés dentre de buracos, pedras ou lenhas; manter a residência livre de baratas e grilos, principais alimentos dos escorpiões; evitar acúmulo de lixo, entulhos e material de construção próximo a residências; ações como palestras realizadas na unidade de saúde abordando o incentivo ao saneamento básico adequado, limpeza, a importância do uso correto de equipamentos de proteção individual na manipulação de entulhos e evitar queimadas, são ações que devem ser implementadas, contribuindo para o equilíbrio ecológico.