As emergências hiperglicêmicas têm sido importante causa de morbimortalidade entre os pacientes portadores de Diabetes Mellitus (DM). Estima-se que, nos Estados Unidos, sejam responsáveis por mais de 100 mil admissões hospitalares, com mortalidade em torno de 5%. A Cetoacidose Diabética (CAD) é uma complicação aguda do DM caracterizada por hiperglicemia, acidose metabólica, desidratação e cetose, na vigência de deficiência profunda de insulina. Acomete principalmente pacientes com DM tipo 1 e geralmente é precipitada por condições infecciosas ou omissão da administração de insulina. Dessa forma, o objetivo do estudo é descrever a assistência de enfermagem a um paciente com quadro agudo de CAD. Trata-se de relato de experiência vivenciado por acadêmicos do 6º período do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, durante a prática hospitalar da disciplina de Atenção integral a saúde em média complexidade em um hospital na cidade de Currais Novos/RN, no dia 14 de Abril de 2012. Aplicou-se a SAE, para elaboração dos diagnósticos segundo a NANDA e intervenções de enfermagem, conforme a taxonomia da NIC. Sendo assim, estabeleceu-se os seguintes diagnósticos de enfermagem: Padrão respiratório ineficaz, Volume de líquidos deficiente e Controle ineficaz do regime terapêutico. Desse modo, foram implementadas as seguintes intervenções: administrado oxigênio, elevação da cabeceira (em fowler), ausculta pulmonar, avaliação dos exames laboratoriais, em especial da gasometria arterial; avaliação da gravidade do déficit de líquidos, punção de acesso venoso calibroso, correção das perdas de líquidos, administração de insulina, correção da acidose; avaliação do conhecimento do cliente sobre sua condição e as necessidades de tratamento, ajudar o cliente/família a desenvolver estratégias que facilitem o controle do regime terapêutico. Dessa forma a assistência de enfermagem forneceu subsídios ao desenvolvimento de intervenções que ajudaram na reversão do quadro agudo de CAD. Além disso, proporcionou maior conhecimento da doença para o paciente e sua família, auxiliando para a prevenção de novos episódios e, consequentemente, promovendo uma melhor qualidade de vida fora do ambiente hospitalar.