Introdução: A epidemia da AIDS na terceira idade é hoje, no Brasil, um fenômeno de grande magnitude e extensão. A associação do aumento da longevidade, melhoria na qualidade de vida das pessoas idosas e as grandes descobertas científicas para aumentarem a atividade sexual tornam esta população susceptível a adquirir o HIV/AIDS. Objetivos: Identificar o perfil sociodemográfico de idosos portadores do HIV/AIDS no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa do tipo exploratório-descritiva, realizada por consulta ao DATASUS(Departamento de Informática do SUS) a dados referentes ao período de 2005 a 2010. Resultados: O número de casos de AIDS diagnosticados no período de 2005 a 2010 totalizou em 206.295 casos, sendo que, destes, 7.845 ocorreram com idosos, representando 3,80% do número total de casos. Embora seja uma porcentagem pequena, o crescimento anual foi contínuo, enquanto em indivíduos com menos de 60 anos, observou-se certa estabilização. O grupo etário mais acometido encontra-se na faixa etária de 60 a 69 anos (80,67%), prevalecendo idosos do sexo masculino (59,12%) e da raça branca (38,90%). Em relação à exposição, o maior número de casos ocorreu em decorrência de relação sexual heterossexual 3.644 (46,44%). Quanto à distribuição dos casos notificados, segundo as regiões do país, houve predomínio dos casos na região Sudeste com 3805 casos (48,50%), seguido pelas regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Quanto a escolaridade, o predomínio de casos ocorreu entre os idosos que tiveram menos de 8 anos de estudo (17,06%). Conclusão: O aumento expressivo do numero de pessoas idosas portadores de AIDS no Brasil representa um grande desafio para os profissionais de saúde, gestores e população. Diante dessa exposição, torna-se imprescindível que as políticas de prevenção às DST/AIDS contemplem esse grupo etário, considerando suas particularidades para que os objetivos sejam alcançados de forma efetiva.