A anemia ferropriva tem grande prevalência mundial, afetando tanto países em desenvolvimento, como os altamente industrializados, sendo que as crianças menores de 5 anos são o grupo mais vulnerável, no qual, segundo estimativas 66% a 80% apresentam alguma carência de ferro e 30% são anêmicos. O reconhecimento dos fatores de risco e epidemiológicos da anemia ferropriva tem possibilitado aos profissionais de saúde, principalmente enfermeiros, identificar precocemente quais os grupos mais vulneráveis a essa morbidade, apontando prioridades a partir de ações desenvolvidas na prevenção, controle, tratamento e na alocação dos recursos disponíveis para melhoria da promoção da saúde infantil. Objetivou-se identificar e analisar quais os principais aspectos epidemiológicos relacionados à anemia ferropriva na infância a partir da produção científica brasileira entre os anos de 2005 e 2011. Trata-se de um levantamento bibliográfico no qual a busca de artigos se deu no banco de dados da BIREME utilizando como descritores a “anemia ferropriva” e “infância”, sendo encontrado um total de 141 artigos, desses foram selecionados apenas os que estavam disponíveis na íntegra eletronicamente, em português e que foram publicados entre 2005 e 2011. Em seguida foram selecionados os que abordavam os aspectos epidemiológicos da anemia ferropriva na infância, os quais compuseram a amostra de sete artigos. Daí realizou-se a leitura integral atentando-se para o título e resultados encontrados em cada artigo. Ficou concluído que os principais fatores epidemiológicos diziam respeito as variáveis: crianças com idade abaixo de dois anos, crianças com evolução ponderal negativa em escore Z, desmame com menos de 2 meses de idade, filhos de mães com idade inferior a 28 anos e baixa escolaridade dos pais, nessa ordem. Com base nos resultados encontrados percebeu-se que o principal fator epidemiológico e que chama a atenção para a área da enfermagem dentre os encontrados diz respeito ao desmame com menos de 2 meses de idade e idade inferior a 2 anos com evolução ponderal negativa em escore Z. Estes resultados permitirão o planejamento e a implementação de estratégias preventivas pelos enfermeiros para a redução dos indicadores epidemiológicos de anemia ferropriva na infância.