Introdução: Durante o processo de adoecimento e hospitalização, a atenção da equipe de saúde dirige-se essencialmente para a doença e não para o indivíduo doente. Assim, a individualidade de cada paciente é silenciada, não havendo espaço para um cuidado que reconheça seus medos, inseguranças, preocupações, necessidades, ou mesmo que garanta a participação do paciente como um indivíduo autônomo, que tenha a liberdade de expressar o que sente e pensa sobre a sua condição de ser doente. Desse modo, os profissionais de enfermagem devem utilizar a comunicação como instrumento para humanizar o cuidado, dialogando com o paciente visando esclarecer dúvidas quanto ao seu tratamento, exames diagnósticos ou procedimentos clínicos, minimizando a ansiedade causada pela sua condição de passividade imposta pela doença e hospitalização. O ato de comunicação é fundamental para o desenvolvimento do trabalho dos enfermeiros junto à equipe e a pacientes atendidos nas instituições e para a transmissão de uma informação universal. Objetivo: Destacar a comunicação como instrumento básico no processo do cuidar em enfermagem ao paciente hospitalizado. Metodologia: Foi realizado um levantamento bibliográfico da literatura brasileira por meio de busca nas bases de dados Medline, LILACS, na plataforma SCIELO. Resultados: Com base na literatura pesquisada, identificou-se que o enfermeiro considera a comunicação como um instrumento indispensável ao desempenho profissional, fazendo com que a informação chegue ao seu destino de forma clara evitando possíveis dúvidas, tanto no que se refere à equipe multiprofissional quanto ao paciente; garantindo assim a segurança em todos os processos da assistência. Entretanto, na atualidade, a enfermagem lida com uma dura realidade, o processo de comunicação entre os profissionais e destes com os pacientes é restrita ao fazer, ou seja, e cumprimento de tarefas e ordens médicas. Conclusão: É desafio para a enfermagem a mudança do paradigma de que, no contexto hospitalar brasileiro, a comunicação do enfermeiro com o paciente está limitada ao cumprimento de seu papel instrumental. É importante que todos os profissionais de enfermagem saibam que a comunicação constitui-se como um componente fundamental do tratamento, possibilitando-os prestarem uma assistência de qualidade.