O principal tratamento da insuficiência renal é realizado por meio da hemodiálise, processo que necessita de um vaso sanguíneo de alto fluxo e resistente construído a partir da anastomose cirúrgica de uma veia e uma artéria (fistula arteriovenosa - FAV), sendo os cuidados na manutenção da fístula fundamentais para qualidade do tratamento. O objetivo do trabalho foi identificar os cuidados que vem sendo realizados pelos profissionais de enfermagem diante das complicações reais e potenciais da fistula arteriovenosa. A pesquisa foi do tipo bibliográfica, tendo sido selecionadas artigos em texto completo e em português publicados no período de 2002 a 2012 no banco de dados do LILACS, a partir dos seguintes descritores: fistula arteriovenosa, complicações, enfermagem. Obteve-se 15 publicações sendo 3 do Jornal Brasileiro Vascular Brasileiro, 2 do Jornal Brasileiro de Nefrologia, 2 da Revista Chilena de Cirurgia, 2 da RBEN, 2 da Revista RENE, 2 da ACTA paulista de enfermagem e 2 da Revista Ciências e Saúde Coletiva. Os artigos foram lidos na integra e para discussão dos resultados foram divididos em três categorias temáticas: tratamento hemodialítico e fistula arteriovenosa; complicações reais e potenciais do uso da fistula arteriovenosa; cuidados de enfermagem frente às complicações decorrentes do uso da FAV. Com a realização da pesquisa observou-se que dentre as complicações existentes destacaram-se a trombose, a estenose, o aneurismas, a hipertensão venosa e infecções da FAV. Diante dessas complicações os cuidados de enfermagem ressaltam a importância do trabalho multidisciplinar na tentativa de aumentar a sobrevida da FAV para tanto além da higiene e manutenção do fluxo também seriam necessários cuidados nutricionais, fisioterápicos e medicamentosos cabendo destaque ao processo de educação em saúde para o paciente e seus cuidadores no intuito de favorecer o autocuidado. Nesse contexto pode-se concluir que os cuidados que vem sendo realizado pela equipe de enfermagem diante das complicações da FAV tem se limitado a higiene e ações para manutenção do fluxo sanguíneo do membro, mas observou-se também que o ideal seria a atuação multidisciplinar acompanhada por um processo de educação em saúde mais completo destinada ao paciente e seus cuidadores, favorecendo o autocuidado.