INTRODUÇÃO: A adesão terapêutica torna-se importante no tratamento da infecção pelo HIV porque ela leva a uma diminuição da carga viral e quando se omite o tratamento, o vírus tem a oportunidade de reproduzir-se mais rapidamente. Conforme o Manual de Adesão ao tratamento para pessoas vivendo com HIV e aids, do Ministério da Saúde, existem aspectos que podem facilitar ou dificultar a adesão. Entre os que dificultam a adesão estão: a forma complexa do tratamento, como o tamanho dos comprimidos, quantidade por dose, armazenamento e horários; ausência de apoio social e afetivo; baixa escolaridade; negação da soropositividade; comportamento mental alterado; falta de vinculo com a equipe; crenças negativas sobre a doença; dificuldade de adequação do tratamento a rotina diária; utilização de álcool ou drogas e a compreensão desses aspectos dificultadores da adesão. Já quando citados os que podem facilitar a adesão, estão: a informação sobre a doença e o tratamento; o acolhimento ao paciente criando o vínculo entre este e o profissional da equipe multidisciplinar; parceria com Organizações da Sociedade Civil e apoio social. OBJETIVO: Verificar a adesão aos antirretrovirais, aplicando o Questionário para Avaliação da Adesão ao Tratamento Antirretroviral (CEAT-HIV), na primeira e última intervenção de enfermagem realizadas. METODOLOGIA: Foi desenvolvido um estudo prospectivo e concorrente com abordagem quantitativa, realizado em um Serviço de Assistência Especializada (SAE), em Fortaleza-CE. Participaram 23 adultos portadores da infecção pelo HIV, doentes, em uso da TARV, de ambos os sexos e residentes em Fortaleza-CE. O estudo desenvolveu-se no período entre novembro de 2008 a agosto de 2009, onde os participantes tiveram pelo menos seis intervenções de enfermagem, onde o CEAT-HIV foi aplicado na primeira e na última intervenção de enfermagem. RESULTADOS: Neste estudo, as intervenções de enfermagem podem ter influenciado de modo positivo na adesão a TARV, pois a comparação de adesão revelou-se significante estatisticamente, ao final da investigação. O emprego do CEAT-VIH possibilitou avaliar e intervir sobremodo alterando positivamente a adesão dos participantes do estudo. CONCLUSÃO: Torna-se necessário reiterar a ideia de que, pelo fato de a aids se tratar de uma enfermidade crônica ainda estigmatizante, as questões de natureza psicossocial e os demais aspectos abordados no estudo são de grande relevância, devendo-se aprofundar os estudos sobre tais aspectos.