INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é responsável pela diminuição da expectativa de vida da população, tendo sua prevalência aumentada com a idade. No Brasil atinge entre 15 e 30 milhões de brasileiros e a estimativa entre os idosos está em torno de 65%. O tratamento da HAS ainda é um desafio para a equipe de saúde, uma vez que o seu controle necessita da participação e da cooperação do cliente. Nesse sentido, a Teoria de Orem vem embasando o plano terapêutico, ao exaltar a capacidade de autonomia do indivíduo para com a sua saúde, sendo o autocuidado alcançado em benefício de si mesmo para manter a vida, a saúde e o bem-estar. OBJETIVO: Analisar os artigos que abordam a aplicação do autocuidado na prevenção e promoção da hipertensão arterial na pessoa idosa. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica, realizada no período de 10 a 16 de março de 2012, nas bases de dados eletrônicas BDENF e LILACS. Foram utilizados os DeCS autocuidado, hipertensão e idoso concomitantemente. Seguiram como critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos dez anos, artigos disponíveis na íntegra e de forma gratuita na internet. E como critérios de exclusão: os artigos repetidos e artigos que não condizem com os objetivos deste trabalho. Ao final do processo, foram encontrados 30 artigos e posteriormente selecionados 11 para compor o estudo. RESULTADOS: Todos os artigos apontaram a prática ineficaz do autocuidado pelos idosos hipertensos, principalmente em relação á alimentação e ao exercício físico. Podendo está ligado ao baixo nível de escolaridade, à dificuldades na adaptação e mesmo à falta de motivação para buscar outros meios para manter a vida saudável. Mais de 70% dos artigos pontuaram o papel de educador do enfermeiro na orientação e acompanhamento do usuário, bem como no engajamento da população assistida nas atividades de autocuidado, principalmente nos casos de déficit de conhecimento e de habilidade para cuidar de si mesma. Em 64% foi relatado a importância da aplicação da Teoria do Autocuidado de Orem na assistência de enfermagem. Para 72% as ações educativas em saúde compõem a principal estratégia para a promoção, manutenção e restauração da saúde. CONCLUSÃO: O apoio ao paciente hipertenso e as ações educativas são fundamentais para suprir as demandas do autocuidado, uma vez que, através destes, o enfermeiro pode auxiliar o indivíduo a se preparar para ser agente do seu cuidado, e assim contribuir na melhora da adesão terapêutica.