Introdução: A taxa de mortalidade neonatal tardia equivale ao número de óbitos ocorridos entre o 7º ao 28º dias de vida completos por 1000 nascidos vivos. A importância crescente da mortalidade neonatal tardia e de seus possíveis fatores de risco fez com que os números de estudos aumentassem nos últimos anos, objetivando especialmente o monitoramento da mortalidade nesse grupo etário. Objetivos: Compreender os principais fatores de risco para a mortalidade neonatal tardia no município de São Mateus, Espírito Santo, no período de 2000 a 2009. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, com dados secundários coletados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) e do Livro de Óbitos da Secretaria Municipal de Saúde de São Mateus. Resultados: No ano de 2003 a taxa de mortalidade neonatal tardia, no município de São Mateus, foi igual a zero. Nos anos de 2004, 2005 e 2009 a taxa de mortalidade neonatal tardia apresentou valores elevados de 2,89, 3,1 e 2,29 óbitos por 1000 nascidos vivos, respectivamente. Conclusão: O estudo dos fatores de risco para a mortalidade neonatal tardia é uma estratégia útil para detectar necessidades de saúde em diferentes subgrupos populacionais e subsidiar intervenções voltadas para a redução de risco de morte no período neonatal tardio. Sabendo que a maioria das causas dos óbitos neonatais tardios em nosso meio é determinada por causas como baixo peso ao nascer, prematuridade, problemas relacionados ao parto e ao pós-parto imediato, precariedade nos serviços de saúde de pré-natal e parto, é necessário que a equipe de enfermagem esteja munida de dados e informações acerca da mortalidade neonatal tardia para a redução deste indicador. Assim, apontar sugestões e medidas no combate à mortalidade requer preparação e conhecimento profissional do enfermeiro, no sentido de poder contribuir para a redução dos óbitos evitáveis.