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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
BAIXO LETRAMENTO FUNCIONAL EM SAÚDE: CONSEQUÊNCIAS PARA O EMPODERAMENTO DE USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Relatoria:
CAROLINA DE OLIVEIRA PRAXEDES
Autores:
  • Maria da Penha Baião Passamai
  • Helena Alves de Carvalho Sampaio
  • Rebeca Silveira Rocha
  • Wladyr da Justa Teixeira Neto
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As pessoas com baixo letramento e baixo Letramento Funcional em Saúde (LFS) tem dificuldade de compreender as informações referentes à saúde. Esta limitação desencadeia um prejuízo no autocuidado favorecendo o surgimento de doenças crônicas. É importante diagnosticar o LFS dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) para que o sistema desenvolva diferentes maneiras de transmitir informações às pessoas, garantindo que elas possam compreender as recomendações e gerir sua própria saúde. Objetivo: Analisar a compreensão leitora dos entrevistados a partir de um texto do Ministério da Saúde (MS). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de natureza quantitativa, realizado no período de dezembro de 2010 a março de 2011, com 106 usuários do SUS em sete Centros de Saúde da Família (CSF) da Secretaria Executiva Regional II do município de Fortaleza. Como critério de inclusão na amostra, foram selecionados usuários com baixa escolaridade (até sete anos de estudo). Utilizou-se o procedimento de Cloze para avaliar o LFS dos entrevistados, com um texto retirado da Diretriz 6: Gorduras, açúcares e sal, do Guia Alimentar para População Brasileira (MS). A análise foi realizada agrupando os escores de 0-1 como insuficiente compreensão leitora e 2-3 como suficiente compreensão leitora. Os pontos de corte tiveram como referência o Teste Breve de Letramento Funcional em Saúde - B-TOFHLA. Foi assinado o termo de consentimento livre e esclarecido da pesquisa (o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará). Resultados: Dos entrevistados 16 (15,1%) eram homens e 90 (84,9%) mulheres. Quanto à escolaridade, a maioria, 71 (67,0%) tinha de 1 a 3 anos de estudo. Considerando a compreensão leitora, 99 (93,4%) eram insuficientes e apenas 7 (6,6%) suficientes. Dentre os usuários com insuficiente compreensão leitora 68 (64,2%) tinham de 1 a 3 anos de estudo, sendo 59 (65,6%) mulheres e 9 (56,3%) homens e 31 (29,3%) tinham de 4 a 7 anos de estudo, 6 (37,5%) homens e 25 (27,8%) mulheres. Conclusão: Conclui-se que a insuficiente compreensão leitora predomina no sexo feminino e menor escolaridade (um a três anos). O SUS precisa adotar estratégias no que diz respeito às informações de saúde que são fornecidas ao usuário com baixo letramento, visando minimizar o déficit no autocuidado gerado pela incompreensão caracterizado pelo baixo LFS.