O câncer de mama destaca-se como segundo tipo mais frequente de câncer no mundo, representando 22% dos casos novos a cada ano,constituindo-se um importante problema de saúde pública no Brasil por exercer um fatorpreponderante nas taxas de morbidade e mortalidade de mulheres brasileiras. As formas mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico das mamas e a mamografia, associado a isso está o autoexame das mamas. Objetivou-se identificar o conhecimento e a prática do autoexame das mamas de mulheres do município de Floriano-PI. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório e quantitativo, realizado entre os meses de outubro a dezembro de 2011, durante oficinas de capacitação intituladas “Um toque pela vida: ações de promoção da saúde mamária em mulheres do município de Floriano/PI”. A amostra contou com a participação de 80 mulheres que buscavam atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. Para coleta de dados utilizou-se questionários que contemplava dados socioeconômicos, hábitos saudáveis de vida e o nível de conhecimento sobre as ações de detecção precoce do câncer de mama.Cabe ressaltar, que o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí sob o número de protocolo, 0214.0.045.000-11. Observou-se que do total de 55 mulheres que responderam ao questionário, 31% faz o exame mensalmente todos os meses, 69% nunca o fazem. Das mulheres que realizam o autoexame, 82,3% tinham idade entre 60 e 80 anos ;47% eram casadas, 53% eram solteiras; 41% possuíam o ensino médio completo, 59% não haviam concluído o ensino médio; 59% possuíam histórico familiar e 41% nunca haviam tido caso de câncer na família. Das mulheres que nunca faziam o auto-exame das mamas 39,5% eram casadas e 60,5 % solteiras; 23,7% possuíam o ensino médio completo, 76,3% não haviam concluído o ensino médio; 60,5% tinham idade entre 15 e 40 anos de idade; 76,3% não apresentavam o histórico familiar enquanto que, 23,7% possuíam. Conclui-se que, mesmo diante da importância da realização do autoexame mensalmente, mais da metade não o faz. Além disso, os fatores como o estado civil, nível sociocultural, a faixa etária e o histórico familiar, estão intimamente associados ao hábito ou não de realizar o autoexame das mamas.