INTRODUÇÃO: Durante a adolescência observa-se uma nítida necessidade de confrontar e de experimentar limites. Esse fenômeno resulta no fato de muitos adolescentes apresentarem comportamentos de risco à saúde, que podem comprometer consideravelmente seu desenvolvimento físico, emocional e social. OBJETIVO: Investigar os principais comportamentos de risco entre adolescentes brasileiros. METODOLOGIA: A pesquisa caracteriza-se como uma Revisão Crítica de Literatura. Utilizou-se a base de dados LILACS e ADOLEC, da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Usamos o seguinte Descritor em Ciências da Saúde (Decs): “Comportamento de Risco”, associando-os, isoladamente, pelo método de refinamento com o Descritor de assunto Adolescente e Saúde do Adolescente. Utilizaram-se como critérios de inclusão: artigos publicados em território nacional; nos idiomas inglês, espanhol e português; compreendidos entre 2001 e 2011; em texto completo e que aliassem os temas “comportamento de risco”, “adolescência” e “saúde”. Entre os critérios de exclusão estavam: pesquisas que envolvessem adultos jovens e artigos duplicados. A amostra final consistiu em 19 artigos. O processo foi realizado entre setembro de 2011 a fevereiro de 2012. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Foram encontrados 358 resultados nas bases de dados ADOLEC (108) e LILACS (250). A amostra final consistiu em 19 artigos. Os estudos foram divididos em quatro temáticas centrais: comportamento de risco associado ao uso de drogas lícitas e ilícitas (36,84%); à sexualidade (26,31%); à alimentação (15,78%) e à violência (10,56%). Além desses, 10,51% de artigos da amostra caracterizavam-se como generalistas. De acordo com a leitura dos artigos selecionados, os comportamentos de risco prevalecentes na adolescência brasileira são: uso do álcool, do tabaco; da maconha; prática de sexo sem uso de preservativo; anorexia; bulimia; envolvimento em brigas com agressão física e conduta irresponsável no trânsito. Notou-se ainda que a prevalência desses comportamentos associava-se a processos familiares fragilizados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os gestores e profissionais de saúde devem mobilizar iniciativas e esforços para garantir medidas de intervenção à saúde dos adolescentes, contribuindo ainda com pesquisas que visem elucidar questões relativas ao comportamento desses jovens, especificamente no processo de desencadeamento da postura comportamental que acarreta em riscos à saúde.