INTRODUÇÃO: A hanseníase se constitui como uma doença endêmica no Brasil e é tida como um sério problema de saúde publica pelas incapacidades permanentes que geram no indivíduo acometido e por se apresentar em diferentes regiões dificultando o seu controle epidemiológico. É uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae que ataca as fibras do sistema nervoso periférico sensitivo, motor e autônomo, afetando assim a qualidade de vida do portador da doença. OBJETIVO: Investigar o perfil clínico-epidemiológico dos casos de hanseníase no estado Piauí notificados entre os anos de 2001 a 2012. METODOLOGIA: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, tendo como fonte de dados os casos de Hanseníase referentes aos anos de 2001 a 2012 no estado do Piauí notificados no Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN). As informações foram agrupadas e organizadas por meio do programa Microsoft Excel (2010), através de frequências simples, para melhor visualização e comparação dos resultados. RESULTADOS: Entre os anos de 2001 a 2012 foram diagnosticados e notificados 20.416 casos de hanseníase no estado do Piauí, entre a faixa etária de 1 a 90 anos de idade; sendo os homens os mais acometidos com 52,05%. A faixa etária em que prevaleceu a doença está entre 20 aos 39 anos com 32,76% dos casos. Quanto à escolaridade dos indivíduos acometidos observa-se que a prevalência está naqueles de 1° à 4° ano incompleto do ensino fundamental (21,93%). A forma clínica de maior frequência foi à indeterminada acometendo 27,46% dos pacientes, seguida pela Tuberculóide, com 22,36%. O tratamento da doença inclui desde quimioterapia a reabilitação física e psicossocial que são desenvolvidos pela rede de saúde pública ou privada. CONCLUSÃO: A análise do perfil epidemiológico dos casos de hanseníase é de extrema importância, visto que é uma doença de grande incidência no estado do Piauí, isso vem a favorecer a elaboração de estratégias preventivas, que visem o diagnostico precoce e a redução da incidência da doença na população contribuindo para a diminuição das incapacidades consequentes da evolução da doença.