Introdução: A imperfuração anal é um tipo de anomalia anorretal caracterizada pela ausência da abertura anal no períneo para a passagem das fezes. O reto termina em fundo cego ou estabelece uma fina comunicação anômala, denominada fístula, com o períneo, com a uretra ou com a vagina. A causa é desconhecida, raramente alterações cromossômicas são relatadas. Objetivo: Descrever a experiência acadêmica de cuidado a um recém-nascido com imperfuração anal, a partir da aplicação do Processo de Enfermagem (PE). Material e método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado em um hospital de Teresina-PI. Utilizou-se para coleta de dados a aplicação do PE, através de histórico, exame físico e evoluções de enfermagem. Em seguida, deu-se continuidade ao plano de cuidados da paciente, utilizando-se para classificação dos diagnósticos e intervenções de enfermagem respectivamente, a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Resultados: A partir da aplicação do PE ao paciente, foram identificados os diagnósticos de enfermagem: integridade da pele prejudicada; risco de infecção; conflito no desempenho do papel de pai/mãe relacionado à intimidação com relação a modalidades invasivas. As principais intervenções de enfermagem utilizadas foram: cuidados com ostomias; supervisão da pele; controle de infecção; promoção da paternidade/maternidade; apoio ao cuidador. A partir do cuidado realizado a paciente evoluiu com bom estado geral, sem infecções e família consciente e confiante sobre os cuidados com o filho. Conclusões: Portanto, cabe à equipe de enfermagem implementar ações direcionadas que possibilitem o suprimento das necessidade humanas básicas interferidas pela patologia, englobando o cuidado humanístico e a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) através do PE, para readaptação do indivíduo e família às novas e diferentes condições físicas e emocionais.